À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

08/04/2011

Souad Massi


FMI poderá obrigar Portugal a alterar Código do Trabalho, permitindo cortes no sector privado

Uma ofensiva à soberania do País

A crise política em Portugal tem sido conduzida ao longo destes últimos anos no plano da crise financeira do Estado e da banca.
Desde 2005, sucessivas versões do denominado Programa de Estabilidade e Crescimento do governo português, concretizando o Plano definido pela União Europeia através do ECOFIN (conselho dos ministros da economia e das finanças doe estados membros), tem dado lugar a sucessivos orçamentos de estado e medidas legislativas que vêm degradando a capacidade económica do país, as condições de vida e os direitos e garantias dos portugueses.
O governo do Partido Socialista, com o apoio do PSD e do CDS e o estímulo do Presidente da República, tem paulatinamente entregue nas mãos do grande capital os recursos do país, privatizando património e empresas, aniquilando capacidades produtivas, reduzindo o investimento e debilitando os serviços públicos.Com a capacidade produtiva garroteada e a balança comercial desequilibrada, o défice externo tem vindo a agravar-se.
A dívida pública é particularmente grave pela sua pesada componente externa, fruto de os governos não terem estimulado e recorrido à poupança interna e do recurso das empresas e da banca ao financiamento externo.
Entretanto, a crise financeira mundial repercutiu-se em Portugal, entre outros, através da falência fraudulenta dos BPN e BPP. A assumpção pelo Estado em 2009/10 das dívidas destes bancos custou mais de 2000 milhões de Euros ao erário público.
A privatização da banca em Portugal e a sua entrega ao serviço do capital nacional e internacional está a produzir efeitos desastrosos. Não obstante os elevados lucros obtidos anualmente, é diminuta a sua contribuição para os cofres do estado (como impostos ou como dividendos).
O mercado interbancário internacional está quase paralisado, por ter acumulado muito lixo contabilizado como activos. A banca portuguesa tem adquirido dívida pública e tem-se financiado no BCE, à taxa de juro de 1%, entregando como garantias dívida do Estado Português, cobrando a este taxas de 5 até 8%, por esta via ganhando um diferencial agiota.
As “agências de rating” são instrumentos do grande capital que fazem correr os capitais especulativos para um lado ou outro, gerando bolhas ou colapsos de que o grande capital tira os seus proveitos à custa dos pequenos aforradores e dos títulos e fundos públicos, indevidamente lançados para a voragem das bolsas. As “agências de rating” têm conspicuamente comandado o ritmo do desenvolvimento da crise da dívida portuguesa.
Na segunda-feira foi a vez dos banqueiros portugueses, constituídos em cartel, rejeitarem financiar o estado e “exigirem” do governo português aquilo que nesta ocasião mais lhes convém – a recurso do Estado Português à Comissão Europeia e ao Banco Central Europeu para a intervenção do Fundo de Estabilização Europeu e do Fundo Monetário Internacional.
O comando do capital financeiro na governação política não poderia ser mais explícito. No dia seguinte o Primeiro-Ministro anunciou aquilo que sempre negou que alguma vez faria – a entrega do resgate da dívida a instâncias estrangeiras.
O governo português submete-se assim ao prolongamento da chantagem do capital financeiro estrangeiro e nacional que tem vindo a afundar a economia do país e o nível de vida e as perspectivas de futuro dos portugueses. Pelo contrário, era seu dever impor a renegociação da dívida externa, procurar a obtenção de crédito junto de estados terceiros e concertar acção com outros estados da zona Euro que enfrentam ataques semelhantes; e bem assim, adoptar no plano interno políticas económico-financeiras sustentáveis do ponto de vista das finanças públicas em vez alienantes sujeições a interesses privados.
O povo português encontrará forma de travar no plano político este curso dos acontecimentos, que é também uma clara ofensa à soberania do país.

Os Editores

http://www.odiario.info/?p=2035 

3 émissions intégrales d'Apostrophes avec Pierre Bourdieu

video: Pierre Bourdieu, pour son livre La Distinction
L'historien le sociologue et le romancier
Apostrophes - 21/12/1979 - 01h17min54s

(voir également: videos-articles: Pierre Bourdieu à propos de l'espace social et des classes sociales )





video: Pierre Bourdieu à propos de Ce que parler veut dire
En jacter des vertes et des pas mures
Apostrophes - 29/10/1982 - 01h16min59s

(voir également: publications de Pierre Bourdieu sur la sociologie du langage )



video: Pierre Bourdieu, pour le rapport du Collège de France Propositions pour l'enseignement de l'avenir
De l'école à l'université
Apostrophes - 10/05/1985 - 01h18min08s

( voir également: en ligne: Pierre Bourdieu, sociologie de l'éducation )

o tempo das cerejas*: Terra de ratos

A não perder e a divulgar amplamente


(com agradecimentos à Helena Pato)

Portugal está mais deprimido e crise pode aumentar perturbações mentais

Portugal está “mais deprimido” e o agravar das condições de vida aumenta as hipóteses perturbações mentais, alerta o director do serviço de psiquiatria do centro hospitalar de Gaia, que todos os meses recebe 200 novos pedidos de consulta.

“Há uma relação entre condições de vida e entre a depressão. Sabemos que quanto pior as pessoas vivem e quanto pior são as condições de vida das pessoas mais hipóteses de adoecer depressivamente”, salientou o clínico Jorge Bouça.

O médico assinalou que Portugal é “um país mais deprimido e onde a depressão vai ter expressão clínica crescente nas perturbações de ansiedade”.

A influência dos acontecimentos de vida, nomeadamente da vida laboral e social, nas doenças do foro psiquiátrico e a melhor forma de prevenir e tratar as patologias mais graves são os principais temas a serem debatidos hoje e sábado na 6ª edição das Jornadas da Saúde Mental a decorrerem em Gaia.

“Queremos com estas jornadas trazer a questão da vivência das pessoas e o reflexo que tem na saúde mental das populações. Há estudos muito consistentes que indicam que os níveis de depressão e ansiedade têm subido e hoje são a quarta causa mundial de doenças como as cutâneas, enfarte de miocárdio, cancro, entre outras”, destacou.

Só no Centro Hospitalar Gaia/Espinho, o Serviço de Psiquiatria recebe, por mês, 100 pedidos de consulta internos (que provêm de outras especialidades do hospital) e outros tantos oriundos dos cuidados de saúde primários, totalizando 200 pedidos por mês.

Em 2010, este serviço registou quase 16 mil consultas externas, incluindo psiquiatria da infância e adolescência.

“Os médicos de família são bombardeados diariamente por pessoas que não se queixam de depressão mas de outras coisas como mal estar, dor no coração, sentem-se tensos, não se sentem bem, mas isso são muitas vezes sintomas de ansiedade, da perturbação e são um reflexo das condições de vida que conduzem a uma vulnerabilidade crescente na saúde das pessoas”, explicou Jorge Bouça.

Uma das grandes preocupações são as novas tecnologias utilizadas de forma cada vez mais frequente e que “anulam as fronteiras entre a vida privada e a pública”, tendo introduzido “um factor de depressão”.

Cada vez mais “o trabalho entra pela porta dentro” e isso “é um factor que gera ansiedade”.

Prevê-se mesmo que “em 2030 a depressão será a principal causa de doença em todo o mundo”, sendo que actualmente “uma em quatro famílias tem um doente com uma perturbação mental”.

As Jornadas de Saúde Mental -- Acontecimentos de Vida e Saúde Mental. Que Relação -- decorrem hoje e sábado no Hotel Meliá Gaia/Porto.
 
http://www.publico.pt/Sociedade/portugal-esta-mais-deprimido-e-crise-pode-aumentar-perturbacoes-mentais_1488896

Economistas acusam agências de ‘rating’ de "manipulação do mercado" e entregam queixa

Um grupo de economistas quer a abertura de um inquérito contra as agências de ‘rating’ pelo "crime de manipulação do mercado", disse à agência Lusa um dos subscritores, José Reis.

Moody’s, Fitch e Standard & Poor's são as agências visadas pela acção, que dará entrada na Procuradoria-Geral da República durante a próxima semana.
O documento é subscrito por quatro economistas: José Reis e José Manuel Pureza, da universidade de Coimbra, e Manuel Brandão e Maria Manuela Silva, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
Em declarações à Lusa, José Reis realça que as agências que "intervêm no mercado português", as três referidas na denúncia, "dominam mais de 90 por cento do mercado" internacional, pelo que "é preciso saber se as leis da concorrência são respeitadas".
Duas dessas agências - Moody’s e Standard & Poor's - têm inclusive um "mesmo fundo de investimento como proprietário", adverte o economista, e as decisões que as entidades tomam, "que influenciam as taxa de juro", têm um impacto significativo nos endividamento dos países, "podendo afetar a sua estabilidade" financeira e económica.
No documento a entregar na segunda-feira na Procuradoria-Geral da República, a que a Lusa teve acesso, é dito que "quanto maior for o risco inerente a uma emissão de dívida, maior será o retorno exigido pelos investidores, ou seja, maiores serão os juros" impostos pelos mesmos.
"Compreende-se assim a grande importância que revestem as classificações feitas por estas agências: elas servem de referência aos investidores, emissores e administradores públicos para as suas decisões de investimento e financiamento", diz a nota.
Sendo este o papel que tem sido atribuído no mercado a estas três agências, "não pode permitir-se que ajam de forma a alterar o preço dos juros, direcionando o mercado para situações em que elas próprias ou os seus clientes tenham interesse e retirem benefícios", declara o grupo de economistas.
O inquérito que os assinantes do documento querem que seja aberto deve apurar a "prática dos actos abusivos que são imputados" às três agências, a "existência de graves prejuízos produzidos nos interesses do Estado e do povo português" e a "identificação dos quadros diretivos das ditas agências e os autores dos atos" da denúncia.
Os economistas querem também saber se os "benefícios obtidos pelas agências" e os seus clientes "foram de notória importância", para além de quererem ter acesso a "todas as comunicações internas das agências de notação respeitantes às classificações referentes a Portugal" desde o ano de 2010.

http://www.destak.pt/artigo/92212-economistas-acusam-agencias-de-rating-de-manipulacao-do-mercado-e-entregam-queixa

Les conditions de logement en Europe

23,9 % des Bulgares estiment vivre dans un logement inconfortable, contre 4,9 % des Finlandais.

Au sein de l’Union européenne, 15,9 % de la population vit dans un logement dit inconfortable [1]. Les pays les moins touchés sont ceux du Nord de l’Europe, Finlande en tête : 4,9 % des Finlandais affirment vivre dans un logement inconfortable, contre 6,6 % des Suédois et 7,8 % des Danois.
L’écart est important entre cette triade de pays et le reste de l’Europe. Les pays les plus concernés par ce phénomène sont la Roumanie et la Bulgarie, avec respectivement 22 % et 23,9 %. L’Italie (20,5 %) et le Portugal (19,7 %) ne sont pas non plus très loin derrière. En France, 12,6 % de la population est touchée.
Dans la plupart des cas, ces conditions de logement sont symptomatiques de grandes difficultés sociales. Attention toutefois : on ne distingue pas ici locataires et propriétaires et ces données sont déclaratives.
Part de la population totale vivant dans un logement inconfortable*
Unité : %

Finlande4,9
Suède6,6
Danemark7,8
France12,6
Irlande13,2
Allemagne14,0
Hongrie14,5
Royaume-Uni14,6
Belgique15,2
Union européenne15,9
Grèce17,6
Espagne17,6
Pologne17,6
Portugal19,7
Italie20,5
Roumanie22,0
Bulgarie23,9
* Logement ayant soit des fuites dans la toiture, soit des murs, sols ou fondations humides, soit de la pourriture dans l'encadrement des fenêtres ou au sol (Source: SILC)
Source : Eurostat. Année des données : 2009
[1] Pour Eurostat, un logement inconfortable est un logement qui a soit des fuites dans la toiture, soit des murs, sols ou fondations humides, soit de la pourriture dans l’encadrement des fenêtres ou au sol.


http://www.inegalites.fr/spip.php?article1391&id_mot=150

Fermetures de classes et suppressions de postes

Depuis qu’ont été dévoilés, département par département, les arbitrages sur la carte scolaire pour la rentrée de septembre 2011, parents d’élèves et enseignants multiplient les manifestations, occupations d’écoles et pétitions. Fermetures de classes et suppressions de postes soulèvent l’incompréhension et parfois la colère face à « une logique purement comptable ». Une logique qui rejoint la stratégie « managériale » que développe depuis une dizaine d’années le gouvernement pour tenter d’affaiblir le statut des enseignants, un corps traditionnellement revendicatif.
En octobre, Le Monde diplomatique faisait le point sur cette stratégie dans un dossier intitulé « A quoi sert l’éducation secondaire ? », désormais disponible sur le site.
A lire :
  • « Feu sur les enseignants »
    par Gilles Balbastre, octobre 2010.
    Alors qu’aux Etats-Unis certains dirigeants critiquent la mise en compétition des établissements et l’évaluation des élèves, cette logique inspire les réformes françaises. Le gouvernement tente d’affaiblir le statut des enseignants, un corps traditionnellement revendicatif, en individualisant les carrières.
  • « Volte-face d’une ministre américaine »
    par Diane Ravitch, octobre 2010.
    « Aujourd’hui, j’ai changé d’avis : je considère désormais que la qualité de l’enseignement que reçoivent les enfants prime sur les problèmes de gestion, d’organisation ou d’évaluation des établissements. »
  • « Belles moulures et bon lycée »
    par Laurent Bonelli, octobre 2010.
    La sectorisation scolaire est devenue un argument de vente dopant le prix des biens immobiliers situés à proximité des établissements les plus demandés.
  • « Et si l’école servait à apprendre... »
    par Sandrine Garcia, octobre 2010.
    Au moment où l’Etat demande aux enseignants de faire mieux avec moins de moyens, les débats s’intensifient autour de l’idée d’efficacité scolaire.
  • « En Europe, les compétences contre le savoir »
    par Nico Hirtt, octobre 2010.
    Pour la Commission européenne, un objectif : préparer un vivier de main-d’œuvre flexible pour répondre aux besoins des entreprises en travailleurs peu qualifiés.
  • « Quand les lycées japonais découvrent la gratuité »
    par Emilie Guyonnet, octobre 2010.
    Tout juste votée, la gratuité de l’enseignement dans les lycées nippons ne résout pas tous les problèmes que pose un système à la fois profondément inégalitaire et violemment compétitif.
  • « Menace ou opportunité », octobre 2010.
    Textes choisis sur le rôle de l’éducation publique. 
     
    http://www.monde-diplomatique.fr/carnet/2011-04-07-Classes

07/04/2011

Greve na Páscoa nos hipermercados

O CESP/CGTP-IN mantém aberta a possibilidade de convocar greve para o sector da grande distribuição (super e hipermercados), no período da Páscoa, caso a associação patronal APED e as maiores empresas que a dominam persistirem numa «postura não negocial» na revisão do contrato colectivo de trabalho.
Os órgãos do sindicato receberam o mandato para avançarem com o pré-aviso, por decisão de um encontro nacional de delegados e dirigentes, a 24 de Fevereiro, cujas conclusões estão a ser amplamente divulgadas, num folheto específico. No documento destaca-se o combate às propostas patronais, que visam aumentar a jornada de trabalho até 12 horas e a semana laboral até 60 horas, recorrendo à «adaptabilidade» ou «bancos de horas» para não remunerar o trabalho prestado para além do período normal. Entretanto, a APED não quer qualquer aumento salarial.
O sindicato, respondendo à recusa patronal de prosseguir as negociações directas, decidiu requerer a passagem à fase de conciliação. Nos diversos estabelecimentos, vai intensificar-se o esclarecimento dos trabalhadores e mobilização. Vai continuar a apresentação de cadernos reivindicativos. Culminando a recolha de assinaturas para um abaixo-assinado, vão realizar-se concentrações sindicais em frente das sedes das empresas que ocupam a presidência e a vice-presidência da APED. Para dia 20, está agendado o protesto junto à Sonae Distribuição, na Maia; em Maio, serão realizadas acções semelhantes frente às sedes do Grupo Jerónimo Martins (Pingo Doce) e do Grupo Auchan (Pão de Açúcar).
Até à concretização da greve, o Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal vai ainda promover iniciativas dirigidas aos clientes, à porta de algumas lojas, para dar a conhecer os graves conteúdos das propostas patronais.
O sindicato inclui nestas movimentações a exigência de encerramento do comércio aos domingos e feriados.

http://www.avante.pt/pt/1949/trabalhadores/113694/

Nomeações

É o Correio da Manhã (CM) que escarrapacha na 1.ª página que o Governo do PS/Sócrates desatou a nomear os famosos «boys» do partido mal entrou em gestão.
Assim, já vão em 120 as nomeações e promoções governamentais publicadas em Diário da República desde 23 de Março último, dia em que o actual Governo entrou em gestão, após formalização da sua demissão.
Entre os «nomeadores», o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, bate todos os recordes ao oficializar, de uma assentada, 40 contratações de última hora, todas, obviamente, de militantes ou «amigos» do PS. Ao lado deste recordista está o próprio primeiro-ministro que, através do seu gabinete oficial, desencantou também «multas e variadas» nomeações de última hora. E entre os felizes contemplados há de tudo: juristas, autarcas e eleitos das mais variadas proveniências e extracções... partidárias.
O chocante já nem é este repetido «festival de compadrios», que se exibe perante o País a cada Governo que sai (e também a cada um que entra).
O chocante, hoje em dia, é a naturalidade rotineira em que estas «nomeações» se transformaram, não parecendo espantar ou chocar quem quer que seja, entre os famosos – e famigerados... – «partidos do arco do poder». O que até nem espanta: afinal de contas, são eles os únicos beneficiados pelo regabofe...

Vendas

Entretanto, ainda segundo o CM, o Estado arrecadou cerca de 355 milhões de euros em 2010 com a venda de 466 imóveis do património público, mas, destes, apenas 24 foram efectivamente vendidos a privados. Os restantes – ou seja 442, a esmagadora maioria – foram de novo «comprados» pelo mesmo Estado, através da empresa pública «Estamo». Com um pormenor: os antigos terrenos da Quimiparque, em Almada, foram «adquiridos» por outra empresa pública, a «Baía Tejo».
Neste «finge que vende e não vende» o Governo de José Sócrates «aliviou» o défice nos tais 255 milhões de euros, embora tal quantia nunca tenha entrado nos cofres do Estado – só nos «cofres contabilísticos» destes habilidosos.
E nesta enxurrada permanente de «habilidades» governamentais (deste e de todos os Governos que o antecederam) se vai afundando o País e os portugueses.

Números

O secretário de Estado da Administração Pública, Castilho dos Santos, revelou esta semana que «as reformas na gestão dos recursos humanos» na máquina do Estado permitiu a «poupança» de 10 mil milhões de euros.
É um número concreto e brutal.
Concreto, porque quantifica, preto no branco, o balúrdio que se obteve com os cortes salariais à generalidade dos funcionários públicos.
Brutal, porque tal enormidade constitui não apenas um chocante esbulho a quem trabalha por conta do Estado em nome do «combate ao défice» como, sobretudo, tal esbulho não tem a mais longínqua correspondência ou semelhança com o aplicado ao grande capital e respectivos capitalistas.
Esses, na generalidade, viram baixar as suas «contribuições para o défice», apesar de serem eles, e a especulação de que vivem, os exclusivos responsáveis por toda esta chamada «crise mundial».

http://www.avante.pt/pt/1949/argumentos/113670/

Agiotagem

Anabela Fino

Numa altura em que boa parte dos portugueses está quase a bater ou já bateu no fundo em termos económicos, em consequência dos cortes salariais, do desemprego, do aumento do custo de vida, da perda de prestações sociais, do aumento dos medicamentos e cuidados de saúde, etc., etc., os representantes do capital daqui e de lá fazem fila para ver se conseguem rapar ainda mais o fundo ao tacho. Nos média sucedem-se entrevistas, comentários, reportagens sobre a dívida do País, os juros da dívida, as agências de rating, tendo como pano de fundo, qual tragédia grega, o coro afinado dos que pregam a inevitabilidade de recorrer a «ajuda» externa para evitar a bancarrota. Tudo isto com o objectivo de nos convencer que não há alternativa a chamar o FMI, que apesar de ser Fundo não quer saber dos nossos apertos, embora saiba muito bem onde deve abocanhar para fazer jus ao resto do nome: Monetário e Internacional.
O que ninguém explica, e não é por acaso nem por ignorância, é o motivo pelo qual o Banco Central Europeu (BCE) continua a financiar a banca à simpática taxa de juro de 1% – sem condições quanto às aplicações desse dinheiro, diga-se de passagem –, quando se sabe que depois esses mesmos bancos, com o nome de «mercados» tão vulgarizado nos últimos tempos, cobram elevadas taxas de juro aos estados, empresas e famílias, obtendo assim chorudos lucros.
Fala-se da «inevitabilidade» de chamar o FMI – o tal Fundo das políticas que trituram trabalhadores e povos em nome da economia e dos interesses do capital, como sabemos da nossa própria experiência passada e os actuais exemplos da Grécia e da Irlanda bem atestam – mas não se diz uma palavra da necessidade imperiosa de pôr termo à política do BCE, ditada pelas potências europeias, de não poder comprar dívida dos estados mas poder comprá-la livremente aos bancos após estes terem saciado a agiotagem.
Um estudo recente do economista Eugénio Rosa, citando dados do Banco de Portugal, mostra de forma lapidar o resultado de tal política: entre 2008 e 2010, a banca a operar em Portugal obteve do BCE a módica quantia de 82 614 milhões de euros (14 407 em 2008; 19 419 em 2009; e 48 788 em 2010), pela qual pagou uma taxa anual de 1%, ou seja, no total, 826 milhões de euros. Segundo a mesma fonte, no mesmo período, cobrando juros entre 5,05% e 6,87% pelos empréstimos concedidos com o dinheiro obtido do BCE, a banca embolsou 4683 milhões de euros, o que se traduz num resultado líquido de 3828 milhões de euros. Como se isso fora pouco – e ainda de acordo com o Banco de Portugal – a banca, só nos últimos dois anos, beneficiou de tal modo do generoso sistema fiscal português que «poupou» 491 milhões de euros. É fartar vilanagem.
Já agora, também vale a pena dizer que as famosas agências de rating – as tais que depois dos bancos nos esmifrarem estão à beira de nos classificar como «lixo» – não são desinteressadas instituições, antes são parte interessada, e muito, em todo este mecanismo: são pagas pelos bancos! E foi a esta gente, a esta política, que PS, PSD e CDS-PP entregaram o País. É a esta gente, a esta política, que querem pedir mais «ajuda». Seria como pôr o pescoço a jeito no cepo para nos degolarem mais depressa. Lixo... mas não tanto.

http://www.avante.pt/pt/1949/opiniao/113679/

Revue Savoir/Agir n° 12, Luttes au travail



revue Savoir/Agir n° 12, Luttes au travail
 Le dossier : Luttes au travail a été coordonné par Annie Collovald, Nathalie Ethuin et Laurent Willemez.
Éditions du Croquant

Sommaire
Éditorial, par Frédéric Lebaron

Dossier

Luttes au travail, coordonné par Annie Collovald, Nathalie Ethuin et Laurent Willemez
Restriction du droit de grève et stratégies syndicales dans les transports publics, par Sophie Béroud et Baptiste Giraud
L’Observatoire du stress et des mobilités forcées à France Télécom : logiques et modes d’action d’une structure originale, par Corinne Delmas, Jean-Robin Merlin
L’intérim en grève : la mobilisation des travailleurs sans papiers intérimaires, par Pierre Barron, Anne Bory, Sébastien Chauvin, Nicolas Jounin et Lucie Tourette
Quelle syndicalisation des travailleurs de l’intérim ?, par Sébastien Grollier
La toge, la paillasse et le mégaphone, par Bertrand Geay
Luttes de classes, conflits de genre : les ouvrières de Chantelle à Nantes, par Ève Meuret-Campfort

Grand entretien

Reportage en précarité, un entretien avec Florence Aubenas
Paroles
« T’as toujours cette image là qui te retombe sur le dos »
Chronique de la gauche de gauche
Après les régionales, quel Front de gauche ?, par Louis Weber
Alterindicateurs
Les conséquences sociales de la crise mondiale : quelques réflexions à partir de données récentes, par Frédéric Lebaron
Actualité
Une nouvelle méritocratie, par Gérard Mauger
Europe
La grève « européenne » du lait de 2009 : réorganisation des forces syndicales sur fond de forte dérégulation du secteur, par Élise Roullaud
Politiques d’ailleurs
Le Mouvement vert en République islamique d’Iran, par Fariba Adelkhah
Culture
Venise, Biennale 2009, par Éveline Pinto,
Ruban comme le fil du récit, blanc comme un trou de mémoire, « Le ruban blanc », par Renée Falson

[Pour commander la version papier]

Jacques Bouveresse à propos de Peut-on ne pas croire ? Sur la vérité, la croyance et la foi


autour de Jacques Bouveresse 

Articles de Jacques Bouveresse dans la revue Agone


  • Le pouvoir des médias & la rébellion de Karl Kraus : une leçon de résistance pour notre temps ?
    Paru dans revue Agone , 40 | 2008


  • Paru dans revue Agone , 35-36 | 2006

  • La réalité peut-elle dépasser la satire ?
    Paru dans revue Agone , 34 | 2005



  • Política - "Pedido de ajuda "é o culminar de vários erros do governo sobre esta matéria", Octávio Teixeira - RTP Noticias, Áudio

    País - Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública marcou greve nacional para o dia 6 de maio - RTP Noticias, Áudio

    País - Fenprof aponta o dedo ao Presidente da República - RTP Noticias, Áudio

    País - Crise deixou os mais velhos ainda mais vulneráveis - RTP Noticias, Vídeo

    País - Famílias portuguesas vivem situações dramáticas - RTP Noticias, Vídeo

    06/04/2011

    Juventud SIN futuro - Manifesto

    Via Juventud SIN futuro: http://www.juventudsinfuturo.net/

    Nós, os jovens e as jovens sem futuro, dirigimo-nos à opinião pública para manifestar a nossa discordância com as políticas de cortes sociais do Governo e com a consequência mais grave e de maior impacto que estas medidas representam: os jovens mais bem preparados nossa História vão viver pior do que seus pais.
    A agressão contra os jovens numa fase de crise capitalista, com uma taxa de desemprego entre os jovens de 40%, o mais elevado na UE, materializa-se essencialmente em 3 medidas:
    1) A reforma das leis do trabalho, que aumentam o tempo dos contratos a termo, a flexibilidade do trabalho e o fim da negociação colectiva, transformam-nos em trabalhadores precários para a vida toda.
    2) A reforma do sistema de pensões, aumenta a idade da reforma e reduz o valor das pensões futuras e torna ainda mais difícil a procura de um emprego decente. Tudo isto nos oferece um horizonte sem futuro.
    3) A mercantilização da Escola pública, que favorece o lucro privado e não a formação e o conhecimento. Uma universidade de elite para uma minoria e uma fábrica de precários para a maioria, com medidas que dificultam o acesso à universidade e degradam a formação profissional das pessoas.
    Somos as jovens e os jovens a quem as elites económicas e as políticas dos governos querem converter na geração sem qualificações, sem trabalho e sem pensão digna. Somos aquelas e aqueles que, além disso, não têm direito a uma casa, porque os especuladores tornaram o direito à habitação num negócio com que se enriquecem; foi este o modelo de crescimento económico que falhou e que causou esta crise. Temos consciência de que as medidas de saída da crise económica têm sido realizadas à custa de uma constante socialização das perdas.
    Confrontados com a saída da crise através de políticas de direita, nós, a geração precária, assinalamos os culpados e exigimos sermos ouvidos.
    Queremos recuperar a nossa capacidade de sermos os atores da mudança, combatendo um país de precariedade, de desemprego e da privatização da nossa educação. Estamos cientes de que a mobilização e a luta fazem sentido, mas mais do que isso, são necessárias. Itália, França, Grécia, Islândia ensinam-nos que a mobilização é indispensável. O mundo árabe demonstra-nos que a vitória é possível.
    Por isso apelamos a um ciclo de mobilizações para recuperar a voz da juventude na rua, e estendemos esse apelo a toda a sociedade civil. Mas nós não confiamos, sabemos que a solução não poderá conter aqueles que criaram a crise. Apelamos à mobilização colectiva, a reivindicar o nosso direito de discordar, a reconstruir o nosso futuro.
    Os abaixo assinados, estudantes e membros da comunidade escolar, jovens trabalhadoras e jovens trabalhadores, movimentos sociais, profissionais da ciência; mundo da cultura e das artes apoiam, com as suas assinaturas, este convite para a mobilização.

    "Já nos tiraram demasiado, agora queremos tudo de volta"

    Manifestação em Madrid: quinta-feira, 7 de Abril - 19h - Praça Antón Martín

    Primeiros signatários:
    Jorge Riechmann. Profesor titular de filosofía moral de la UAM
    Félix Ovejero. Profesor titular de ciencias económicas UB
    Marcos Ana. Poeta
    Santiago Alba Rico. Escritor
    Salvador López Arnal. Profesor de Matemáticas de la UNED.
    Almudena Grandes Hernández. Escritora.
    Guillermo Toledo. Actor.
    Jaime Pastor. Profesor de la UNED.
    Luis García Montero. Poeta.
    Pulpul (Roberto Gañan) de Ska-p. Grupo musical.
    Enrique Santiago Romero. Abogado
    Ramón Sánchez Tabarés. Catedrático de Economía Mundial de la UB.
    Antonio Domènech. Catedrático de Filosofía del Derecho de la UB y Editor de la Revista Sin Permiso.
    Antonio Izquierdo Escribano. Catedrático de Sociología de la Universidad de A Coruña. Consejo Editorial de Público.
    Francisco Fernández Buey. Catedrático de Filosofía Moral de la UPF.
    Vera Sacristán. Profesora de Matemáticas de la UPC.

    UGT e CGTP criticam decisão do Governo e “pressão” da banca

    A UGT e a CGTP lamentaram hoje a decisão do Governo de pedir apoio financeiro internacional e consideraram que isso resultou da pressão exercida pela banca sobre o executivo socialista.

    O secretário-geral da UGT, João Proença, lamentou a decisão do Governo e considerou “deplorável a pressão exercida pelo poder financeiro sobre o poder político”.

    O sindicalista considerou falso o argumento usado pela banca de que tem problemas porque tem que financiar o Estado quando “a banca é que tem usado o Estado para aumentar imenso os seus lucros”.

    Proença considerou que a decisão do Governo demissionário “traz graves prejuízos para a população portuguesas em geral e em particular para os mais desfavorecidos”.

    “Apelo, por isso, aos políticos para que não cedam às exigências do FMI”, disse João Proença à agência Lusa.

    O secretário-geral da CGTP também criticou a decisão governamental e a influência exercida pela banca.

    “Esta decisão mostra que quem manda no país são os grupos financeiros, que fazem as chantagens que entendem. Mas o Presidente da República, o Governo e os partidos do arco do poder submetem-se às determinações do poder financeiro e da agiotagem internacional”, disse à agência Lusa Manuel Carvalho da Silva.

    O sindicalista considerou que estão a ser tomadas medidas que têm “repercussões muito graves” na vida dos portugueses, sem qualquer tipo de debate prévio, “o que não pode acontecer em democracia”.

    Carvalho da Silva defendeu que se houver intervenção do FMI em Portugal, esta deve ser acompanhada de perto pela Organização Internacional do Trabalho.

    http://economia.publico.pt/Noticia/ugt-e-cgtp-criticam-decisao-do-governo-e-pressao-da-banca_1488635

    “Estamos numa situação de emergência, mas esta não é a solução”, diz PCP

    o tempo das cerejas*: Mais palavras para quê?

     Vítor Dias


    (com a banca pelo meio)
    (extractos de uma cronologia no Público)
    19 Mar - O primeiro-ministro revela que não está disponível para governar com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e reafirma que Portugal não precisa de ajuda externa. (...) 24 Mar - O ministro da Presidência afirma que, apesar da crise política, o Governo continua a considerar evitável o recurso de Portugal à ajuda externa. - 25 Mar - O primeiro-ministro assegura em Bruxelas que Portugal não precisa de ajuda externa para financiar a dívida pública. 25 Mar - Jerónimo de Sousa recusa dar “aval” a um pedido de ajuda externa, considerando que se trata de “uma ameaça” que condicionaria a “soberania”, a “economia” e os “direitos sociais”. (...) -31 Mar - O ministro da Presidência afirma que um eventual pedido de ajuda externa por parte do Estado envolveria uma negociação de condições, que ultrapassaria as competências de um Governo de gestão.(...) (...) - 04 Abr - José Sócrates lamenta ter sido “o único dirigente político” a alertar para as consequências do chumbo do PEC e afirma que fará “tudo” para evitar um pedido de ajuda externa.(...) - 06 Abr - O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera “urgente” que Portugal peça ajuda externa financeira à Europa, já que os bancos nacionais não têm mais dinheiro para emprestar. (...) - 06 Abr - José Sócrates anuncia que endereçou à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira.


    Une journaliste dénonce une censure des labos dans la presse médicale

    L'affaire du Mediator a montré les liens parfois trop proches que peuvent entretenir un grand laboratoire pharmaceutique comme Servier et les autorités de santé. Mais l'influence des labos peut s'exercer aussi dans un autre domaine : celui de la presse médicale.
    Voici quelques jours, Virginie Bagouet a quitté Impact médecine après des mois de conflit avec sa hiérarchie. Elle travaillait depuis février 2008 dans ce magazine spécialisé à destination des généralistes. Mardi 5 avril, elle est auditionnée par la mission commune d'information du Sénat sur le Mediator.
    Mails et pièces à l'appui, la journaliste dénonce en effet des censures, explicites ou implicites, de son travail, notamment par rapport à Servier.  Le journal, lui, estime avoir "respecté l'éthique".
    ARTICLES EN RELECTURE CHEZ SERVIER ?
    Craignant les foudres du laboratoire, l'un des principaux annonceurs de l'hebdomadaire, la rédaction en chef aurait ainsi, selon l'ex-salariée, refusé de parler du livre du docteur Irène Frachon, Mediator 150 mg, combien de morts ? (Dialogues.fr, 2010).
    Même après l'étude de la Caisse nationale d'assurance-maladie sur ce médicament, qui confirmait, en octobre 2010, les craintes du Dr Frachon, Impact médecine n'a pas fait état de ces critiques. "Notre rédactrice en chef a accepté qu'une des journalistes fasse un article. Mais son papier, très factuel, n'a finalement pas été publié. Raison invoquée par la rédaction en chef : 'C'est trop sensible''', raconte encore Virginie Bagouet.
    Interrogée par Le Monde.fr, la directrice de la rédaction d'Impact Médecine, Anne Prigent, relativise : "C'est vrai, nous n'en avons pas parlé, mais comme l'ensemble de la presse. Nous n'avons pas de rubrique 'Livres' et nous ne voyions pas la nécessité, à sa sortie en juin 2010, de revenir sur cette affaire, puisque le Mediator a été interdit en 2009".  Elle dément toute "censure", "à moins que vous appeliez censure la réécriture d'articles mal construits", et dénonce un "mauvais procès".
    "NOUS NE SOUHAITONS PAS VOIR FIGURER LE GRAPHIQUE"
    Autre exemple cité par la journaliste, qui concerne toujours le laboratoire Servier : "J'ai été envoyée, fin août 2010, suivre un congrès de cardiologie à Stockholm, où était présentée une étude importante de Servier sur un de ses médicaments, le Procoralan. L'article que j'ai écrit a été envoyé en relecture à Servier pour 'validation scientifique'", se souvient la journaliste.
    "J'étais en copie des mails, j'ai vu la relecture par le laboratoire. Des modifications ont été apportées, dont une erreur." Et lorsque la journaliste demande à sa rédactrice en chef des explications, Virginie Bagouet indique qu'elle s'est vu répondre : "Servier est content".
    Anne Prigent réfute en bloc : "Nous ne faisons pas valider nos articles par Servier, ni par aucun autre laboratoire. Il peut arriver qu'il y ait relecture, au niveau scientifique, par des experts, pour des précisions techniques. Les conférences sont souvent en anglais et on décrit rapidement des choses complexes, qui peuvent nécessiter des éclaircissements." Contacté, le laboratoire Servier n'a pas souhaité répondre aux questions du Monde.fr
    Pourtant, des échanges de mails que Le Monde.fr a pu consulter posent question. On y constate qu'une directrice de clientèle d'Impact Médecine est en relation régulière avec un cadre de Servier à propos d'articles à paraître. "Pour la relecture, êtes-vous là vendredi ?", lui demande-t-elle. Ce dernier répond : "N'hésitez pas à m'envoyer les articles à relire." Quelques mails plus tard, il écrit à la directrice de clientèle : "Je vous confirme que nous ne souhaitons pas voir figurer le graphique."
    "LES RÉDACTIONS SE METTENT AU SERVICE DES LABOS"
    Pour expliquer les censures qu'elle dénonce, Virginie Bagouet avance une raison avant tout économique. "Je n'ai pas le chiffre précis mais la publicité des laboratoires représente l'essentiel des revenus de la revue", précise la journaliste qui poursuit : "A chaque fois qu'on a voulu parler du Mediator, on nous a répondu que, la dernière fois que le journal avait critiqué Servier, celui-ci n'avait plus commandé de publicité durant six mois, mettant en péril les finances."
    Le député PS Gérard Bapt, président de la mission d'information parlementaire sur le Mediator, a reçu Virginie Bagouet. Il se dit "scandalisé". Et tout particulièrement par un épisode cité par la journaliste : à l'occasion d'un dossier sur la rhumatologie, la moitié de son article a été, selon elle, réécrit. Dans un autre cas, un autre article, vantant les mérites d'un médicament de Servier, a été inséré à son insu.
    L'article était signé d'un prête-nom : une certaine Claire Bonnot. Une signature utilisée, d'après la journaliste, pour les articles vantant les produits du laboratoire. "C'est faux, répond la directrice de la rédaction, Anne Prigent. Claire Bonnot est un pseudonyme utilisé depuis des années pour les articles écrits ou modifiés par la direction de la rédaction, en aucun cas uniquement pour Servier."
    "En commission, les responsables d'Impact Médecine nous ont assuré que cette  personne existait, qu'il s'agissait d'un article écrit de manière indépendante. En fait c'était faux, tout avait été relu et corrigé chez Servier", fustige Gérard Bapt, furieux de ce "chantage à la pub". "Les rédactions se mettent au service des labos parce qu'il faut vivre", constate l'élu, qui estime que la pratique touche la plupart des journaux spécialisés à destination des médecins.
    "LES MÊMES PRESSIONS DANS TOUTE LA PRESSE"
    Si Virigine Bagouet a quitté la revue, elle ne se fait pas d'illusion : "Je pense que j'aurai du mal à retrouver un travail dans la presse médicale, sourit-elle. Je n'ai pas eu à pâtir de ce genre de pratique avec d'autres laboratoires, mais je sais que cela existe." Et d'ajouter : "Servier a un mode de communication un peu archaïque, les autres sont plus subtils dans leurs techniques de communication."
    Et le problème de fond demeure : "La crise rend cette presse encore plus dépendante des annonceurs." Même un scandale comme celui du Mediator ne suffit pas à ébranler ce rapport de force. "Ce qui m'a décidé à témoigner, c'est de voir la presse médicale nier en bloc et jouer la vertu. C'est grave", estime la jeune femme.
    Pour Anne Prigent, "les pressions dans la presse médicale sont les mêmes que dans toute la presse. Nous y répondons de la même manière. Les labos sont nos annonceurs principaux, c'est clair. Mais on fait notre travail avec éthique."
    Gérard Bapt, lui, se montre pessimiste : "Il est difficile d'encadrer les pratiques de la presse médicale. On évoque la possibilité d'imposer des espaces de publication pour les agences officielles mais cela n'aura pas un impact énorme. Ce sont les instances de régulation de la publicité qui devraient agir." L'élu souhaite toutefois que ces expériences incitent les médecins à prendre du recul lors de la lecture de ces revues,"qui ne sont bien souvent que du matraquage pour certains produits".
    Samuel Laurent

    http://www.lemonde.fr/societe/article/2011/04/05/une-journaliste-denonce-une-censure-des-labos-dans-la-presse-medicale_1502656_3224.html

    Encruzilhada da História - Aí Está o FMI!

    O que esperar? PECs infinitos. Com a entrada deste professor, deixarão de existir governo nacional, independência, democracia ou qualquer outra noção minimamente digna do que é uma nação ou povo. Fomos vendidos. Se até há pouco a maioria PS/PSD intercalava-se, um dizendo mata, o outro esfola, agora têm um pai acima deles que já só pensa o que vai fazer com os despojos do país. Porque muita da intervenção do FMI destina-se e tem o efeito desejado de fazer com que haja uma fuga de capitais dos países, seguida da privatização universal de bens e serviços (e pessoas). Ficarão os patrões no entanto a comprazer-se com o facto de serem agora os capatazes de todos nós que trabalhamos (ou desempregamos), com poderes acrescidos, pois agora haverá um ataque generalizado a todos os direitos laborais e humanos. É um ponto de largada para a concretização de uma utopia neoliberal - cada um por si, competição perfeita, a lei do mais forte e a eliminação/subjugação dos mais fracos.

    Encontramo-nos numa época historicamente crucial. Nós decidiremos o que será o nosso futuro, quer queiramos quer não.

    Da nossa inacção resultará a destruição de todos os direitos conquistados através do sangue, suor, lágrimas e vidas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras. Resultará o fim do Trabalho com direitos e a instituição inapelável da precariedade como única forma de sobreviver. Resultará o desemprego em massa que nos jogará uns contra os outros, numa desprezível corrida para o abismo. Resultará a corrosão da sociedade e dos elos de solidariedade que nos unem uns aos outros. Resultará a destruição dos direitos humanos e da dignidade individual e colectiva a que todos com justiça aspiramos. Resultará o fim da presunção que todos os seres humanos são iguais. Esta é a utopia neoliberal, em que nós nos degladiaremos para termos o privilégio de os servirmos pelo menor preço possível que garanta a nossa mera sobrevivência.

    Na nossa acção encontramos a luta das nossas vidas. É a luta pelas nossas vidas. É a luta pela nossa Humanidade. É a luta pela Humanidade do nosso povo, e dos outros povos. É a luta pelo futuro, que não aceita um regresso ao passado. É uma luta que já entendeu quem está de que lado. Que já entendeu que as mentiras repetidas inúmeras vezes não ser tornam nem se tornarão jamais verdades. Nada temos a perder. A Rua É Nossa. A História Somos Nós!


    João Camargo

    05/04/2011

    Argentina - Se mantiene empleos, pero a alto costo, y se favorece a monopolios

    Emilio Marín

    El gobierno nacional propagandiza sus subsidios a grandes empresarios. Dice que esos fondos reactivan la economía y crean empleos. Muchas veces son subsidios inapropiados y favorecen la concentración en el mercado.

    Todo es según el cristal con que se mire. Cuando a fines de los 90 el Estado otorgaba subsidios a los desocupados con Planes Trabajar, que luego de la crisis de 2001 tomaron el nombre del Plan Jefes y Jefas de Hogar, muchos empresarios dijeron que atentaban contra "la cultura del trabajo". No se ruborizaron, pese a que muchos habían sido responsables de que la desocupación saltara a dos dígitos.

    Esos mismos grupos económicos han aplaudido los subsidios que el Estado aplicó con diferentes ministros de Economía. Desde José Alfredo Martínez de Hoz hasta Amado Boudou, pasando por los más conocidos -Domingo Cavallo, José Luis Machinea, Roberto Lavagna-, los subsidios han beneficiado a los popes de la Unión Industrial, la Asociación Empresaria Argentina, la Fundación Mediterránea, la Cámara de Industriales Siderúrgicos y la Asociación de Fábricas de Automotores, entre otros.

    ¿Estado ausente?

    La justa crítica al Estado que se olvidó de los trabajadores y productores nacionales en esos años, acuñó la expresión del "Estado ausente". Ausente de esos sectores, pero muy presente para los monopolios que ampliaron sus fábricas, su producción, sus exportaciones, etc.

    Para no arrancar tan de atrás en esta historia, hay que recordar que Lavagna como ministro de Eduardo Duhalde y entre 2003 y 2006 de Néstor Kirchner, impulsó la ley 25.924, de Promoción de Inversiones, para que las empresas pudieran obtener la devolución anticipada del IVA y Ganancias de activos y obras.

    En dos tandas anuales, se aprobaron proyectos por 7.600 millones de pesos, con reintegros impositivos por 1.390 millones. ¿Habrá sido casualidad que el 70 por ciento de las iniciativas correspondieran a quienes aportaban a Ecolatina, la consultora fundada por Lavagna? En la lista estaban Aluar, Siderar, Acindar, Siderca, AGD, Alpargatas, Las Marías y Tenaris.

    Continuidad

    Esta línea se mantuvo luego que ese ministro fuera removido. En febrero de 2007 el gobierno de Córdoba anunció beneficios impositivos, rebaja del 25 por ciento de la electricidad y un subsidio de 400 pesos mensuales a cada empleado de la Fiat, hasta un tope de 2.200 pesos, que comenzaría la producción de una camioneta con el grupo hindú Tata. El proyecto se paró pero el grupo italiano fue premiado por el gobierno de Cristina Fernández con fondos del Bicentenario. Fiat iba a llegar a esa meta, sí o sí.

    Felisa Miceli también financió a la industria del software, dominada por las multinacionales, por 20 millones de pesos. El argumento fue que podría aumentar 10.000 empleos. Este sector ya tenía el beneficio de una desgravación del 70 por ciento en las contribuciones patronales y el 60 por ciento del impuesto a las ganancias. ¡Y después hacen tanto lío para subir el mínimo no imponible a los trabajadores con sueldos altos!

    Los subsidios hoy

    El gobierno de Kirchner continuó la política de subsidios estatales a las empresas privadas. ¿Acaso las privadas no pueden recibir subsidios? Por supuesto que sí, y en tantísimos casos pueden ser muy necesarios y correctos, pero no en la forma indiscriminada de tamaño y nacionalidad en que han sido implementados.

    Las empresas recuperadas por los trabajadores, que aún penan por una ley que les reconozca plenamente su existencia, son una de las tantas que necesitan créditos subsidiados para sobrevivir y ampliar sus actividades. Pauny, de Las Varillas, fue salvada de la crisis y vaciamiento empresarial de Zanello, y hoy es una de las principales fabricantes de maquinaria agrícola. Si hay subsidios a ella, o al Hotel Bauen, o a Cerámicas Zanón y tantas otras, no merecerían objeciones sino aplausos.

    Lo mismo si los subsidios de marras fueran a cooperativas, de las centenares de miles que existen en un país con fuerte tradición cooperativista. Aquí debería discernirse entre entidades pequeñas o medianas, de otras como el banco Credicoop, que figura entre las primeras diez entidades financieras. La presidida por Carlos Heller no parece estar necesitada de subsidios del Estado, que sin embargo ofrece a los bancos privados participar de la licitación del Fondo de Financiamiento del Bicentenario.

    Salvavidas

    Está bien que la mano del Estado ayude a las firmas pequeñas y medianas de capital nacional, habitualmente discriminadas por los bancos privados de aquí y más aún del exterior. Las firmas que reciben ese salvavidas externo son Arcor, Aceitera General Deheza y otras por el estilo.

    Si esos monopolios nacionales y los internacionales como Techint y las automotrices, se llevan la parte del león de los subsidios, entonces quedarán migajas para las otras firmas. Con el agravante de que esos grandes jugadores, con los subsidios recibidos, tendrán "espaldas más anchas" para imponer condiciones en el mercado.

    La administración Cristina Fernández ha continuado estos programas a favor de los empresarios. "La línea de créditos Bicentenaria ya tiene proyectos otorgados, aprobados y en estudio por 6.400 millones de pesos. En apenas cinco meses casi 250 iniciativas de inversión de empresas buscaron este financiamiento en condiciones muy ventajosas", escribió Roberto Navarro en Página/12, el domingo 3 de abril. El gastado argumento fue que así se crearán 7.300 empleos. Un poquito caros, parecen. Hay que sacar la cuenta...

    Poniendo en lugar equivocado

    El grueso de los subsidios continúa orientado a favor de las automotrices, alegando su impacto productivo y en el empleo. Lo último es una verdad menos que a medias, porque la estadística comprueba que este sector no empleó a más personal directo sino que exprimió al que tiene, elevando la productividad laboral un 34 por ciento. En 2010 la industria en general creció 9,7 por ciento, "pero el empleo sectorial sigue por debajo de 2008" (diario citado, martes 8 de marzo).

    El aval del Estado a las terminales tiene una gran contra: las diez fabricantes son de capital extranjero. Ninguna es nacional ni siquiera mixta, entre el Estado y las privadas. Se está subsidiando a multinacionales, como cuando con fondos de la Anses se prestaron 259 millones de pesos a General Motors Corporation.

    Nobleza obliga, en noviembre del año pasado los directivos de esa firma fueron recibidos por la presidenta y anunciaron que cancelaban ese crédito en forma anticipada.

    De cualquier manera la pregunta sigue en pie: ¿era el Estado argentino quien debía auxiliar al gigante norteamericano de todo el planeta? La presidenta está convencida de que sí. Por eso en abril de 2010 la ministra Débora Giorgi se reunió con representantes de la Asociación de Fabricantes de Automotores (Adefa) y la Asociación de Fabricantes de Autocomponentes (Afac). Les confió que habría financiamiento con aportes de la Anses por 300 millones de pesos "para el conjunto de la cadena automotriz: las terminales, autopartistas y sistemistas".

    Ayuda estatal

    Esa política pro-empresaria está decidida por el máximo nivel del Estado. El 2 de noviembre del año pasado, al reaparecer en un acto público tras la muerte de su esposo, Cristina Fernández habló en Renault y dijo: "Cuando todo se derrumbó, estuvo el Estado Argentino para ayudar a la industria y al empleo, destinando 500 millones de pesos para que las empresas no despidan trabajadores y se pueda mantener el empleo".

    Se estaba refiriendo a un subsidio directo del Estado, llamado Recuperación Productiva (Repro) que funciona en el ámbito del Ministerio de Trabajo. El mismo paga un monto de 600 pesos mensuales a cada operario de una empresa en crisis, durante doce meses, a condición de que no eche personal. Conviene recordar que una cosa es ayudar de ese modo a una firma nacional pequeña y mediana, incluso a una grande en ciertos momentos, y otra muy diferente es hacerlo con los diez jugadores extranjeros de Adefa.

    La jefa de Estado fundó ese apoyo millonario en que "el sector automotor es el segundo bloque exportador del país, detrás del granario". Otra verdad menos que a medias. No se puede ver solamente lo que exporta ese sector sino también lo que importa. Esa balanza comercial arrojó en 2010 un déficit de 5.800 millones de dólares, por la importación de autos y autopiezas.

    La industria automotriz "argentina" lleva comillas: tiene todas terminales extranjeras, provoca alto déficit comercial y las piezas de fabricación local no llegan al 40 por ciento. Esto último es algo que recién ahora CFK y Giorgi tratan de remediar, requiriendo a las empresas que exporten por cada dólar que importan. Difícil que les lleven el apunte, acostumbradas como están estos monopolios a que los mimen como protagonistas del "modelo productivo con inclusión social".

    http://www.argenpress.info/2011/04/se-mantiene-empleos-pero-alto-costo-y.html
    Related Posts with Thumbnails