À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.

20/03/2010

Combustíveis: Preços em Portugal continuam a ser superiores aos da maioria dos países da União Europeia

Eugénio Rosa

"Face à nova escalada de aumentos dos preços dos combustíveis em Portugal assistiu-se, nos últimos dias, a uma tentativa de manipulação da opinião pública, procurando naturalizar, ou seja, tornar normal e aceitável pela população, as subidas cada vez mais frequentes dos preços dos combustíveis. Para isso, começou-se por procurar associar esses aumentos não só à subida do preço do petróleo no mercado internacional, como isso se verificasse apenas para Portugal, como também ao aumento da carga fiscal, como isso se tivesse registado nos últimos dias. Mais recentemente apareceu, como por acaso, um estudo mandado fazer pela Galp ao ex-ministro da economia Augusto Mateus, que defendia que “no gasóleo e na gasolina, o que se encontra é uma correlação estreitíssima entre Portugal e os outros países”, portanto o aumento de preços em Portugal seria normal; e que a Autoridade da Concorrência deve ter “uma regulação estratégica” portanto, não devia nem interferir nem controlar a fixação dos preços aos consumidores em Portugal. Era a “música celestial” que tanto as petrolíferas, como a Autoridade da Concorrência, como o próprio governo, gostaram de ouvir para tudo pudesse continuar na mesma.. E segundo o semanário SOL, na sua edição online de 20.3.2010, “o estudo apontou para a inexistência de concertação de preços entre as petrolíferas, justificando as subidas com as cotações internacionais dos produtos refinados”. À “boleia” desse estudo mandado fazer e naturalmente pago pela Galp, o citado ex-ministro fez declarações aos grandes órgãos de comunicação social, nomeadamente à TV, no mesmo sentido." - A TENTATIVA DE MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA SOBRE OS PREÇOS DOS COMBUSTIVEIS

http://www.eugeniorosa.com/default.aspx?Page=1050

Clientélisme, caciquisme, caudillisme

Genèse - no 62, 2006/1

Fenêtre

Document

Jean-Philippe Dedieu Normaliser l'assujettissement. La réglementation française de l'emploi du personnel de maison subsaharien au xxe siècle

Bibliothèque

Bibliothèque

Introduction

Stéphane Michonneau Clientélisme, caciquisme, caudillisme

Dossier : Clientélisme, caciquisme, caudillisme

Clément Thibaud Entre les cités et l'État. Caudillos et pronunciamientos en Grande-Colombie

Savoir-faire

Bertrand Müller Archives orales et entretiens ethnographiques. Un débat entre Florence Descamps et Florence Weber, animé par Bertrand Müller

Dossier : Clientélisme, caciquisme, caudillisme

Juan Pro Ruiz Figure du cacique, figure du caudillo : les langages de la construction nationale en Espagne et en Argentine, 1808-1930
Jean-Louis Briquet Les formulations savantes d'une catégorie politique. Le clientélisme et l'interprétation sociohistorique du « cas italien »

Hors-dossier

Xavier Paulès L'éloge interdit : étude du système de valeurs des fumeurs d'opium dans la Chine républicaine
[ Résumé ][ Version HTML ][ Version PDF ]

http://www.cairn.info/revue-geneses-2006-1.htm

La régulation globale du capitalisme

A contrario - Vol. 2, 2004/2

Éditorial

Articles

Philip Golub De la mondialisation au militarisme : la crise de l'hégémonie américaine
Otto Holman Réglementation asymétrique et gouvernance multidimensionnelle dans l'Union européenne
Hélène Pellerin Une nouvelle économie politique de la frontière
Ismail Erturk et al. La gouvernance d'entreprise au service de la valeur actionnariale ou de l'enrichissement des dirigeants ?
Michèle Rioux Mythes et limites de la gouvernance globale des télécommunications
Aykut Çoban Entre les droits de souveraineté des États et les droits de propriété : la régulation de la biodiversité

Document

Robert W. Cox Au-delà de l'Empire et de la terreur : réflexions sur l'économie politique de l'ordre mondial
[ Résumé ][ Version HTML ][ Version PDF ]

http://www.cairn.info/revue-a-contrario-2004-2.htm

Fenprof alerta para aumento da violência escolar

Portagens/Scut: Comissões agendam protesto para 17 de abril

As comissões de utentes contra as portagens nas autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT) anunciaram hoje uma marcha, a realizar a 17 de abril, um sábado, e que vai abranger vários municípios.

Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Porto, Vila Nova de Gaia, Lousada, Paredes e Paços de Ferreira serão alguns dos municípios envolvidos neste protesto que visa, mais uma vez, «contestar a instalação de portagens nas SCUT», anunciou José Rui Ferreira, o porta-voz do movimento que hoje se reuniu.

«A marcha vai sair dos vários municípios envolvidos neste movimento, convergindo na cidade do Porto», na Avenida dos Aliados, explicou José Rui Ferreira.

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=2&id_news=133868

Évora: trabalhadores da Kemet avançam com greve

Os trabalhadores da fábrica de Évora da multinacional norte-americana Kemet Electronics iniciam segunda feira uma greve de duas horas no princípio de cada turno e durante quatro dias para reivindicarem aumentos salariais, disse hoje fonte sindical.

«Os trabalhadores da Kemet há três anos que não têm aumento salarial, querem uma atualização e, como todos os outros portugueses, 22 dias de férias e não apenas 16», adiantou à Agência Lusa Paulo Ribeiro, dirigente do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI).

De acordo com o sindicalista, a paralisação da próxima semana tem como objetivo protestar contra a decisão da administração da empresa de suprimir o pagamento do subsídio de turno e do trabalho noturno, o que significou uma «redução nos salários na ordem dos 30 por cento»

http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=30&id_news=133864

Ukraine’s Presidential Election: The Geopolitical Landscape of the Entire Eurasia Space is Affected

Arun Mohanty - Global Research, March 20, 2010

Ukraine’s presidential election was watched with utmost attention by the international community as its outcome is bound to usher in serious changes in the domestic and foreign policy of that country, and transform the geopolitical landscape in the entire Eurasia space. The elimination of the incumbent Victor Yushchenko, who polled a mere five per cent in the first round, itself signals the marginalisation of pro-American Rightist forces for ever if you go by the pattern in the other CIS countries. This most probably will bring down the curtain on the US-orchestrated colour revolutions in the former Soviet space.

The victory of Victor Yanukovich, leader of the pro-Russian Party of Regions, over the incumbent PM Yulia Timoshenko, the former Orange revolution ally of outgoing President Victor Yushchenko, in the second round promises significant shifts in Ukraine’s foreign as well as domestic policy.

The euphoria of the victory is going to be over soon with Victor Yanukovich left one-to-one with the heavy legacy left by the Orange revolution leader, Yushchenko. Ukraine is in the midst of a serious economic crisis with a GDP decline of 16 per cent in a single year, skyrocketing inflation, heavy unemployment and unprecedented fall in living standards. The other part of the Yushchenko legacy is that Ukraine is on the verge of near disintegration with the eastern and southern parts of the country drifting towards Russia and the western and central parts moving towards the West. Yanukovich has to find a solution to the lingering economic crisis and save the country from the brink of disintegration, heralding national reconciliation.

The foreign policy that spelt disaster for Ukraine under Yushchenko is destined to be balanced, pragmatic, multi-dimensional and predictable under Yanukovich. The US policy to contain Russia by Ukraine has come to its logical end with Yanukovich’s victory. Yushchenko, in his over-enthusiasm for Euro-Atlantic integration and curtailing Russia’s strategic significance in the former Soviet space, pushed Ukraine too far away from Russia and the CIS, and led the anti-Moscow grouping GUUAM consisting of Georgia, Ukraine, Uzbekistan, Azerbaijan and Maldova providing a heavy jolt to Russia’s strategic interests in the former Soviet space, though the grouping gradually turned amorphous with Uzbekistan withdrawing from it, and Maldova and Azerbaijan showing little or no interest in the grouping. Yanukovich’s elevation as the President would surely deliver the death blow to the organisation with Georgia—a failed state by all accounts—being left alone in it. Ukraine’s likely departure from the organisation or passive role would bring about a dramatic shift in the CIS’ geopolitical calculus. The US policy to contain Russia and prevent re-integration in the CIS with the help of Ukraine would be rendered ineffective as Ukraine under Yanukovich is most unlikely to pursue any anti-Moscow policy.

It is impossible to integrate the former Soviet space without Ukraine. Yanukovich’s victory is likely to provide the much-needed impetus to the sagging re-integration process in the CIS. GUAM’s natural death would no doubt provide fodder for the strengthening of inter-state organisations led by Moscow like the Euro-Asian Economic Community, Customs Union, CSTO and others. If Yanukovich’s words while holding the post of the Prime Minister is any indication, the Single Economic Space organi-sation is likely to receive a new boost. Yanukovich in 2007, in the capacity of the PM, had highlighted the significance of cooperation in the framework of the single economic space, stressing the importance of the creation of a free trade zone under it. It is reported that Yanukovich’s supporters have started unofficial negotiations for joining the Customs Union consisting of Russia, Belarus and Kazakhstan. Ukraine’s positive attitude towards the CIS, in which it is an associate member, would no doubt breathe new life to the defunct inter-state organisation. With the Customs Union functioning from January 1, 2010, Ukraine’s accession to it will only accelerate the economic integration process in the CIS.

Russian President Medvedev lost no time in congratulating Yanukovich, who has been invited by the former to visit Moscow for discussing pertinent issues of bilateral and multi-lateral importance. The head of the Kremlin staff, Sergei Narishkin’s sudden visit to Kiev in the immediate aftermath of the announcement of election results deserves attention in the context of Ukraine’s presidental poll outcome and his meeting with Yanukovich merits attention in the context of Ukraine’s foreign policy in general and Russian-Ukranian bilateral relations in particular. Moscow is likely to be the first world capital to be visited by President Yanukovich. All these indicate that the period of strained relations between the two fraternal peoples is fast relegating to the background, and we can expect to witness improved relations between the two countries on all major issues of mutual concern.

NATO Expansion

No other issue than Ukraine’s bid to join the NATO had considerably vexed Russia. Ukraine under Yushchenko tried its best to join the NATO. However, the fall-out of the five-day war in August 2008 between Russia and Ukraine, in which Kiev supported Georgia with weapons and men, buried their hope for an early accession into the North-Atlantic block in contrast to their expectation that this would accelerate their entry into the Alliance. However, if you go by the declaration of the NATO leaders, its eastward expansion cannot be ruled out. NATO Secretary General Andres Rasmussen has stressed that the North-Atlantic bloc is dedicated to the ‘strengthening of strategic partnership with Ukraine’. Yushchenko’s Defence Minister Valery Ivashenko has emphasised that ‘Ukraine’s bid for European and Euro-Atlantic integration is its priority, top goal, and cannot be changed’. Russia in its latest military doctrine has emphasised that bringing the NATO’s military infrastructure closer to its borders including through the Alliance’s expansion constitutes the most serious external threat to its security. In this backdrop, Yanukovich can ill-afford to push for Ukraine’s accession to the NATO, which he can do only at the cost of losing his constituency in the east and south of the country and losing Russia’s sympathy. Yanukovich’s emphasis on a referen-dum on the vexed issue presents a smart manoeuvre as no referendum can ever approve Ukraine’s NATO membership.

This by no way means Yanukovich would abandon the Euro-integration course. Indeed his metaphor that his country would be a bridge between Russia and Europe by taking advantage of the geo-political location of his country indicates that he would pursue a balanced foreign policy to suit Ukraine’s national interests.

Energy Issue

The energy issue is another irritant in Russia-Ukrainian relations that had marred their ties for years. Yanukovich has declared that ‘stability in energy supply’ is one of the priorities of his policy towards Russia. Russia has indicated that the transit potential of Ukraine would be expanded along with construction of the North stream and South stream gas pipelines. Yanukovich’s intention to connect Ukraine to the North stream pipeline would facilitate reduction of tension on the thorny issue between the two Slavic neighbours. Yanukovich’s intention to permit Russian participation in the international consortium for management of Ukrainian gas-transportation system would help further strengthening of bilateral ties. Russia has been demanding its participation in the gas transit system over these years which Kiev was flatly refusing. Yanukovich’s policy on the issue is prompted not only to please Russia but also for solid economic reasons. The new President knows well that Ukraine does not have resources for modernising the gas transport system owned by the state on its own, and may have to live with old unusable empty pipes. By selling stakes to Russian and European participants Kiev would resolve the issue of distribution of responsibility and involvement of partners in the modernisation of the system while retaining controlling stakes in the hands of the state.

Fate of Black Sea Fleet

The future of the Black Sea fleet at Sevastopol is yet another major irritant in Russo-Ukrainian relations. The new President is likely to find a solution of the issue to the satisfaction of both sides. The agreement for continuation of Russia’s Black Sea fleet at Sevastopol would expire in 2017 beyond which the Yushchenko Government was unwilling to permit the Russian fleet in the territory that is historically Russian. This territory, home to the Russian fleet for centuries ever since its inception, was gifted to Ukraine in 1954 by the then Soviet leader, Nikita Khrushchev, himself an ethnic Ukranian, for commemorating 200 years of unification of Ukraine with Russia. Russian sentiments are extremely strong on the issue. Yanukovich is ready to accommodate Russia on continuation of the Black Sea fleet at Sevastopol, which would no doubt help warming up bilateral relations.

Russian Language

One of the thorny issues between the two neighbours was the status of the Russian language in Ukraine. Yanukovich’s poll programme that promised to provide legal status to the Russian language had evoked positive response from Moscow. Yanukovich has pledged to pass a language bill that would permit unhindered functioning of the Russian language in official transactions, education, medicine and jurisprudence. Yanuko-vich’s Party of Regions has been campaigning in favour of approving a law on the Russian-speaking people in March and April so that it can come into effect from the beginning of the next academic year. This proposed law would provide opportunities to deliver education in the Russian language according to the wishes of the parents of the pupils along with compulsory study of the Ukrainian language. The bureaucrats at the local level would be obliged to know two languages and prepare documents in both the languages.

The magnitude of the issue can be judged in the backdrop of the fact that the Russian-speaking people constitute the majority in Ukraine. Opinion polls suggest that 37 per cent people in Ukraine consider Russian as their native language while another 34 per cent consider both Russian and Ukrainian as their native language and only 28 per cent consider Ukrainian as their native language. In spite of a five-year long anti-Russian campaign, 54 per cent of the population are in favour of giving equal status to the Russian along with the Ukrainian language. The new President is likely to pursue a balanced policy in this area.

The first step towards clearing the mess has been taken with the Supreme Court annulling the controversial bill introduced by the government to ban use of the Russian language in educational institutes.

The status of the Russian language was at the heart of the controversy during the last five years of Yushchenko’s rule. While Yushchenko was doing everything to throw the Russian language into the dustbin, Yanukovich would pursue a rational policy on the issue.

There are enough indications that Russian-Ukranian relations would grow from strength to strength under the new establishment in Ukraine. However, there are skeptics who believe that Yanukovich may not live upto the expectations. In this context they recall the post-Soviet history of Ukraine, which had a total anti-Russian President in the person of the first President, Leonid Kravchuk. Leonid Kuchma defeated Kravchuk on a pro-Russian platform but did precious little to improve bilateral ties contrary to the expectations. Yushchenko was an absolutely anti-Russian President who did everything to inflict damage to Russian interests on any possible issue and anywhere. Yanukovich won the latest poll battle on a more or less pro-Russian platform, but might follow Kuchma’s path. The skeptics draw attention to the fact of Yushchenko’s close allies extending support to Yanukovich in the second round of poll and predict that decisions taken on key issues would always favour Russia. They recall that Yanukovich in the capacity of Prime Minister did precious little for giving the Russian language the status of the second state language though he had enough possibilities.

If Yanukovich’s declaration that he would be President for all Ukrainians is any indication, he might pursue policies for appeasing the people living in the western and central regions where anti-Russian sentiments run very high, for the sake of keeping the country’s unity.

According to Russian commentator Stanislav Belkovsky, it would have been easier for Russia to find a common language with Yulia Timo-shenko who takes decisions on her own contrary to Yanukovich who represents the interests of big capital oriented towards Ukraine’s independence and is likely to pursue a pragmatic policy. The business and political elite around Yanukovich are believed to be more pro-European for the simple reason that their business is in Europe, their children study there, they have their money in European banks and they go to Europe for taking rest. That is why the hope that Yanukovich would do a U-turn in foreign policy and pursue a pro-Russian policy could turn out to be misplaced.

La Terre fait trembler une société fragilisée par le capitalisme

Antoine Casgrain - Mondialisation.ca, Le 19 mars 2010

Deux semaines après le tremblement de terre de 8.8 sur l’échelle de Richter et son tsunami dévastateur, on arrive à peine à mesurer l’ampleur des dommages : maisons, édifices, ponts, routes, commerces et villages entiers rasés. Le plus choquant pour les Chiliens, c’est de voir en lambeau l’image qu’ils avaient de leur pays : depuis 20 ans, les gouvernements de « centre-gauche » leur vantaient un pays moderne, brillant, efficace et « quasiment développé ».

« Il existe des édifices inclinés ! La Tour de Pise est inclinée est pourtant elle est demeurée sur pied durant des siècles. » - Président de la Chambre chilienne de la construction, au sujet des projets immobiliers endommagés par le tremblement de terre.

La destruction est immense. La deuxième ville d’importance du Chili paralysée, des villages engloutis par le raz-de-marée, un pays coupé par l’effondrement des ponts et des routes, et plus de deux millions de personnes sans toit. Le Sud du pays prendra des années en s’en remettre. Face à la catastrophe, la société chilienne fait preuve d’un effort de solidarité sans précédent pour l’aide et la reconstruction des régions affectées.

Cependant, la frustration, l’amertume, la peur et le cynisme sont des sentiments ambiants parmi la population. Trop de questions restent sans réponse. Tout le monde sait que le Chili, situé au pied des Andes, est un pays sismique. Alors pourquoi un gouvernement qui vient d’accéder au sélect club de l’OCDE [1] a été totalement débordés par les événements ? Pourquoi des tours construites l’an dernier se sont-elles effondrées comme un jeu de cartes ? Comment les réseaux de télécommunication, d’électricité et d’eau potable, administrés par des entreprises privées efficientes, sont demeurés paralysés pendant plus d’une semaine ? D’où viennent les pillards qui ont saccagé le pays dans les jours suivant la catastrophe ?

La violence d’une société

Dans les heures qui suivirent le terrible séisme, les pillards ont commencé à faire leur apparition à Concepcion et Talcahuano, défonçant les rideaux de fer des supermarchés et des grands magasins. Pour la majorité des Chiliens, il était difficile d’accepter que des milliers des leurs honnêtes concitoyens se lancent au pillage des commerces. Il s’agit pourtant du tiers des Chiliens qui vivent sans-emploi et du petit négoce, ce sont ces famillles dont le garde-manger se remplit qu’au jour-le-jour. Le tremblement de terre a révélé au peuple chilien et au monde le côté obscure du modèle socio-économique dont on a bercé le pays depuis un quart de siècle. Les laissez-pour-compte de l’économie triomphante n’ont tenté que de répéter la seule recette du succès selon le capitalisme : le vol.

Devrait-on s’étonner d’une violence si spontanée. Car les pillages sont une constante de l’histoire chilienne selon Gabriel Salazar, historien libertaire et Prix national de sa discipline. Dans ses essais, il n’a cessé de démontré comment les couches populaires, a diverses époques, répètent les violences similaires. Que ce soit à l’occasion de tremblements de terre, de soulèvements ou de grèves ouvrières, les miséreux tentent de profiter de la suspension de l’autorité pour améliorer leur sort. À la différence qu’en 2010 les quartiers populaires sont truffés de gangs capables de s’organiser en une heure pour piller un magasin d’ordinateurs.

Comme seule solution, l’État n’a su adopter que la force militaire et l’état d’urgence dans deux régions. L’intervention de l’armée a été appelée à grands cris par des médias sensationnalistes et des maires de droite, qui allait jusqu’à demander que l’on tire sur les délinquants. Pour la première fois depuis la dictature, les militaires se sont emparés de la ville de Concepcion, en y faisant régner un couvre-feu de 18 heures par jour. Le retour à l’ordre s’est fait rapidement, mais non sans bavure dont des dizaines d’arrestation arbitraire, des ratissages et des fouilles systématiques dans les quartiers populaires et la mort d’un innocent, sorti malencontreusement de nuit pour acheter des cigarettes.

Les délinquants en complet-cravate

Cette tour résidentielle renversée de Concepcion a fait le tour du monde. Près de dix personnes y ont péri. Le séisme du 27 février 2010 a donné raison aux sceptiques du développement immobilier en hauteur. Il faut dire que depuis un dizaine d’années, le pays est affecté par une fièvre de l’immobilier, aggravée par la financiarisation de l’économie et la déréglementation des marchés. Santiago, Concepcion et Viña del Mar ont été couvertes d’édifications en hauteur. Aujourd’hui, près d’une centaine de ces récentes tours de condominiums, certaines ayant été livrées il y a à peine quelques mois, ont subi des dommages irréparables. Déréglementation oblige, afin de stimuler la croissance du secteur, l’État a abandonné son rôle de vigilance des travaux d’infrastructure. Le tremblement de terre a fait s’écrouler le mythe du marché auto-régulé. Les propriétaires qui ont perdu leur condo (ou les familles des victimes) sont maintenant responsables de « poursuivre » en justice les compagnies responsables des défaut de bâtiment. Alors que plusieurs hommes d’affaires sont introuvables et les compagnies fantômes se dissolvent dans la poussière des décombres, le processus risque de prendre des années... Le Chili a aussi expérimenté durement la fragilité de son réseau de services, dont la majorité a été cédée au secteur privé. Champion des réformes néolibérales, les divers gouvernements de centre-gauche n’ont cessé de convaincre la population des bienfaits de la privatisation les services d’eau, d’électricité et de télécommunication. La population paye les tarifs les plus élevés pour ces services en Amérique du Sud. L’effondrement majeur de ces réseaux durant la nuit du 27 février a démontré que les failles du système. La coupure de service des trois grands fournisseurs de téléphonie cellulaire durant les trois premiers jours est l’une des causes du manque de coordination du gouvernement dans sa réaction. Les hauts tarifs n’ont pas été investis dans des infrastructures de pointe pour résister au séismes, ni dans une infrastructure d’urgence. Il est peu probable que les compagnies répondent de leur inefficacité.

Le nouveau président chilien Sebastian Piñera a été investi le 11 mars dernier entre deux secousses sismiques. Des secousses qui ont fait trembler l’édifice du Congrès où se rassemblait l’élite politique qui assistait à la cérémonie. La nouvelle administration doit maintenant espérer qu’à l’image du Congrès, le fragile édifice social du Chili ne s’effondre pas.

Notes
[1] L’Organisation de coopération et développement économique, qui compte un trentaine de pays-membres, est considéré comme le « club » des pays développés

Mexique : un syndicat liquidé en une nuit

André Maltais - Mondialisation.ca, Le 19 mars 2010

Dans la soirée du samedi, 10 octobre 2009, des milliers de soldats et policiers fédéraux, profitant du fait que leur présence dans les rues est familière depuis la militarisation de la lutte anti-drogue, envahissent subrepticement une cinquantaine d’installations de la compagnie nationale d’électricité, Luz y Fuerza del Centro (LFC) qui approvisionne plus de six millions de personnes dans le centre du pays.

Les militaires forcent les travailleurs présents à quitter les lieux et attendent que le président mexicain Felipe Calderon émette un décret liquidant purement et simplement l’entreprise publique et son syndicat, le Syndicat mexicain des électriciens (SME).

Du jour au lendemain, 44 000 travailleurs et leur famille de même que 22 000 retraités se retrouvent à la rue alors que disparaît l’un des syndicats indépendants les plus forts et combatifs du pays.

Une semaine auparavant, le gouvernement avait refusé de reconnaître l’élection de Martin Esparza à la tête d’un syndicat qui, depuis 95 ans, s’est toujours opposé aux privatisations et à l’érosion des droits des travailleurs.

Le gouvernement et ses amis des médias privés justifient un acte aussi maladroitement barbare, qui viole plus de vingt articles de la Constitution mexicaine et plusieurs conventions internationales en matière de droits syndicaux, par « l’inefficacité » de la compagnie.

Celle-ci, dit Calderon qui, pendant la campagne électorale de 2006, s’autoproclamait le « président de l’emploi », coûte davantage à l’État qu’elle ne lui rapporte parce qu’elle emploie trop de personnel et que les salaires de ce dernier sont trop élevés.

Médias et gouvernement ont en même temps lancé une campagne de salissage contre les travailleurs de l’entreprise, les accusant d’être des privilégiés responsables de la piètre qualité du service aux consommateurs : sur-tarifications, bureaucratie complexe, pannes répétées, etc.

Mais plusieurs études montrent que l’inefficacité de l’entreprise LFC a une toute autre origine.

Ainsi, le gouvernement a cessé de capitaliser l’entreprise depuis les grèves des années 1980, justement dans le but que cette dernière fonctionne mal et qu’on ait ensuite une bonne raison de la privatiser.

À l’abandon volontaire de la compagnie et de ses équipements, le syndicat ajoute que les gouvernements mexicains ont toujours empêché LFC de produire de l’électricité, préférant qu’elle achète l’énergie à prix très élevé à la Commission nationale de l’électricité et à des entreprises privées liées au gouvernement pour ensuite la distribuer presque gratuitement aux multinationales et autres grandes entreprises.

Le président du SME, Martin Esparza, explique aussi que l’un des grands enjeux de ce vol public est le réseau de 1000 kilomètres de câbles à fibres optiques que la compagnie se préparait à exploiter pour offrir aux consommateurs un service combiné électricité-téléphone-câble qui menaçait les intérêts lucratifs du secteur privé dans ce domaine.

Selon Esparza, deux ex-secrétaires à l’énergie du gouvernement mexicain, Fernando Canales Clarion et Ernesto Martens, ont formé une entreprise privée qui utilise déjà « à prix d’amis » le réseau de fibre optique de LFC.

L’entreprise liquidée est maintenant fusionnée avec la Commission fédérale de l’électricité, l’autre compagnie nationale qui fournit des services au reste du pays. Les syndicats soupçonnent que la nouvelle entité, ainsi consolidée et surtout débarrassée de son syndicat, sera bientôt privatisée.

Pour Laura Carlsen, directrice du portail internet Programme pour les Amériques, le gouvernement veut faire payer aux travailleurs les effets d’une calamiteuse crise économique provoquée par la trop grande dépendance du pays envers l’économie états-unienne.

En 2009 seulement, le pays a perdu plus d’un million d’emplois et, depuis l’arrivée au pouvoir du « cauchemar » Calderon, au moins 2.8 millions d’emplois dont un très grand nombre dans les secteurs les plus intégrés à l’économie états-unienne.

Le quotidien La Jornada révèle que 76.000 faillites d’entreprises sont survenues au cours des six derniers mois seulement!

La réponse du gouvernement est pathétique. Il a annoncé des coupures dans ce qui reste des programmes sociaux et des fonds destinés aux municipalités, a créé de nouveaux impôts à la consommation, s’est attaqué aux travailleurs syndiqués et continue de clamer sa foi inébranlable dans le modèle du libre-échange.

Il a aussi accompagné la hausse des prix des aliments, presque tous importés des États-Unis, par celle des prix de l’essence et de l’électricité.

Le mécontentement social croît de jour en jour, au Mexique, nous dit Manuel Perez-Rocha, membre du conseil exécutif du Réseau mexicain d’action contre le libre-échange (RMALC, en espagnol), et pourrait bien éclater en cette année du bicentenaire de l’indépendance et du centenaire de la révolution mexicaine.

Alors que le président Barack Obama a abandonné sa promesse électorale de renégocier l’ALÉNA, un tribunal de ce dernier vient d’obliger l’état mexicain à payer un dédommagement obscène de 77.3 millions de dollars à la multinationale Cargill pour avoir interdit l’entrée de sirop de maïs qui menaçait l’industrie sucrière locale.

Pendant ce temps, les États-Unis subventionnent généreusement leur propre industrie sucrière.

Des secteurs entiers de la population et des régions presque complètes du pays ont tout simplement cessé de reconnaître un gouvernement et une classe politique corrompus qui maintiennent un cap vieux d’il y a trente ans consistant à sacrifier l’agriculture et l’industrie nationale pour le bénéfice d’une toute petite minorité.

Invité par des organisations civiles, le président bolivien, Évo Morales, de passage à Cancun, lors du récent Sommet des pays d’Amérique latine et des Caraïbes (22, 23 et 24 février), a fait un malheur en appelant la gauche mexicaine à s’unir et à « faire sa révolution ».

Une semaine auparavant, des centaines de personnalités et d’organisations (incluant le SME et les centaines de milliers de sympathisants d’Andres Manuel Lopez Obrador, « président légitime » du Mexique), créaient le Comité civil national pour la révocation du mandat de Felipe Calderon.

Ce comité tiendra une consultation populaire, en mai prochain, et s’attend à obtenir plus de 16 millions de « oui » en faveur de la révocation du « président bâtard ».

Dans une « Proclamation aux peuples du Mexique », les révocateurs rappellent que, fortement soupçonné d’avoir volé l’élection présidentielle, Calderon a été intronisé sous escorte militaire dans un Congrès occupé par l’opposition et cerné par des centaines de milliers de protestataires.

Il s’est ensuite empressé de lancer la « guerre aux trafiquants de drogue », initiative permettant à un président faible et sans légitimité populaire, de renforcer son pouvoir en mobilisant les Forces armées dans tout le pays comme en Colombie.

Le « champion de la lutte contre l’insécurité et la délinquance, soulignent les auteurs de la proclamation, a réussi à faire du Mexique le pays le plus insécure et le plus violent du monde en temps de paix ». Un pays qui a connu 15,000 assassinats et 7,000 disparitions au cours des deux dernières années.

« L’actuelle crise mexicaine, qui est économique, politique, environnementale et culturelle, concluent les révocateurs, n’est comparable qu’à celles ayant précédé la révolution d’indépendance (1810), les guerres de réforme (1857-1867) et la révolution mexicaine de 1910. »

Valença contra encerramento do SAP

Aviões da British Airways ficaram em terra

Lehman Brothers, les langues se délient

Un an et demi après l'effondrement de Lehman Brothers, à l'origine de la plus grave crise économique et financière mondiale depuis la Grande Dépression, les interrogations persistent. Comment l'un des établissements phares de Wall Street a-t-il pu sombrer sans signes avant-coureurs ? On imagine aisément les raisons pouvant pousser les dirigeants de l'établissement à fermer les yeux. Mais il est plus difficile de croire que rien n'avait filtré à l'extérieur avant ce mois fatidique de septembre 2008. Même dans un monde cloisonné comme celui de la finance, aussi complexe soit-il, les langues ont tendance à se délier.

Au jeu des révélations, c'est logiquement le 'Wall Street Journal' qui avait ouvert les hostilités en début de semaine, tâche facilitée s'il en est par la publication début mars du rapport de l'expert désigné par les tribunaux américains pour se prononcer sur cette retentissante faillite. Citant une source bien informée, la quotidien new-yorkais révélait que la banque déchue avait licencié un de ses vice-président dans le cadre d'un plan de réduction d'effectifs seulement quelques semaines après que ce dernier eut mis en cause le système comptable de la banque sur les valeurs mobilières. Matthew Lee, salarié de Lehman pendant 14 ans, avait soulevé ses préoccupations auprès des auditeurs d'Ernst & Young, concernant 50 Milliards de Dollars d'actifs qui auraient été sortis artificiellement du bilan de l'établissement bancaire. L'ancien dirigeant laisse largement entendre que son départ n'est pas étranger à sa prise de position.

Ce vendredi matin, le pendant britannique du quotidien des affaires américaines, le 'Financial Times', affirme de son côté que la sonnette d'alarme avait été tirée plusieurs mois avant l'effondrement de Lehman par une tierce personne. Et pas n'importe laquelle, puisque c'est le concurrent Merrill Lynch qui aurait prévenu la Securities and Exchange Commission (le régulateur boursier américain) et la Réserve Fédérale que Lehman Brothers utilisait des méthodes erronées pour mesurer sa santé financière. Une dénonciation qui cadre mal avec la loi du silence qui domine généralement dans le milieu, et qui n'entrait pas non plus dans le domaine de la bonne action rédemptrice. En effet, les sources citées par le quotidien britannique lui ont expliqué que les banquiers d'affaires de Merrill Lynch en auraient eu assez de voir leurs homologues de Lehman se pavaner devant les milieux d'affaires en vantant la solidité financière de leur établissement et les bons résultats obtenus face à la concurrence. Une bonne dénonciation devait permettre de remettre les pendules à l'heure et de rabattre le caquet de l'insolente. "Business is business"...

Le rapport d'expert de 2.200 pages traitant des pratiques de Lehman Brothers va continuer à livrer des éléments sur les rouages de l'organisation de la banque d'affaires. Il a d'ores et déjà démontré que la direction de Lehman utilisait une technique baptisée "Repo 105", consistant à jouer sur le marché des prêts avec collatéral. Cette stratégie comptable aurait contribué à occulter le risque pesant sur la banque d'affaires pendant les contrôles effectués par les régulateurs sur la firme. Le rapport évoque également des surévaluations d'actifs immobiliers et plus généralement l'utilisation d'artifices comptables. Il conclut également que la banque était devenue techniquement insolvable plusieurs semaines avant les événements de la mi-septembre.

Ces révélations soulèvent évidemment de nombreuses questions sur l'usage qui a été fait de ces révélations par les organismes de tutelle et sur leur possible passivité. A l'heure où la cacophonie règne sur la façon de réguler une industrie que d'aucuns jugent absolument incontrôlable, la genèse de la chute de Lehman Brothers est riche d'enseignements. La justice américaine va désormais s'employer à déterminer qui savait quoi dans un dossier où tout le monde botte en touche. Pour l'heure, les auditeurs affirment que la direction jugeait l'avertissement de Matthew Lee infondé, et l'ancien président Richard Fuld a toujours clamé qu'il ne savait rien de ces pratiques...

http://www.boursier.com/vals/all/lehman-brohers-les-langues-se-delient-eco-784.htm

CONCENTRAÇÃO JUNTO Á SEDE DA PORTUGÁLIA

AOS TRABALHADORES DA PORTUGÁLIA / TRINDADE

COMUNICADO

A Comissão Sindical das Cervejarias Portugália / Trindade, reuniu conjuntamente com a Direcção do Sindicato no passado dia 24 de Fevereiro.

Serviu a reunião para fazermos o ponto da situação relacionado com o processo de negociações do nosso

Caderno Reivindicativo, entre outros problemas vividos pelos trabalhadores nos respectivos estabelecimentos.

A ADMINISTRAÇÃO RECUSA PROSSEGUIR AS NEGOCIAÇÕES

A Comissão Sindical e o Sindicato pediram uma reunião à empresa para dia 3 de Março para o prosseguimento das negociações.

A Administração respondeu com uma desculpa de mau pagador, recusa-se reunir dizendo que espera pelas negociações do CCT da Restauração e Bebidas, a negociar pelo Sindicato e Associação Patronal.

Ora, uma coisa não tem nada a ver com a outra, entretanto contraditoriamente, deitando por terra esta desculpa esfarrapada, acerta os salários dos trabalhadores da Trindade, nuns míseros 1,5% à margem da Portugália.

É claro para todos que, a Administração quer dividir os trabalhadores, mas nós não vamos deixar.

VALE A PENA LUTAR !

Esta expressão tem cada vez mais significado, pois num trabalho persistente e empenhado da Comissão Sindical e solicitando a intervenção da ACT, através do Sindicato, conseguimos que muitos trabalhadores dos vários estabelecimentos da Portugália que estavam com contrato a prazo, passassem para efectivos.

Vamos continuar esta luta, esta persistência, para isso a Comissão Sindical precisa do apoio de todos os trabalhadores, a começar por se sindicalizarem.

DIA 26 DE MARÇO, ÀS 10 HORAS, CONCENTRAÇÃO JUNTO Á

SEDE DA PORTUGÁLIA

Face à recusa da Administração em dar seguimento às negociações do nosso Caderno Reivindicativo, vamos propor aos trabalhadores a realização de uma concentração, dia 26 de Março, junto à sede da Portugália.

Para o efeito, vamos também realizar plenários nos vários estabelecimentos da Portugália / Trindade.

Para encontrarmos soluções para os nossos problemas, o caminho é a luta.

Vamos todos estar presente nos plenários !

Vamos todos participar na luta !

Sindicalizados e unidos, somos mais fortes !

Lisboa,Março/2010

A Direcção do Sindicato

A Comissão Sindical da Portugália / Trindade

http://loirastristes.blogs.sapo.pt/

Michel Foucault à l'Université Catholique de Louvain en 1981

Entrevue de Michel Foucault à l'Université Catholique de Louvain en 1981. Il y traite notamment de sa démarche et de sa conception du pouvoir, de la gouvernementalité.

Peut-on mesurer les performances sociales et écologiques d’une région ?

Ivan du Roy

Les régions protègent-elles de la crise sociale et environnementale ? Pour que, aux lendemains des élections régionales, ce soit vraiment le cas, d’autres indicateurs que la sacro-sainte croissance devront guider l’action des Conseils régionaux. L’empreinte écologique et, surtout, l’indicateur de santé sociale permettent de montrer ce que le PIB dissimule. Le Limousin par exemple, obtient la palme de la « santé sociale ».


Richesse ne signifie pas forcément bien-être, encore moins justice sociale et efficacité environnementale. En matière de Produit intérieur brut (PIB), l’Île-de-France arrive largement en tête (41 700 euros/habitant) suivie, de loin, par les régions Rhône-Alpes (27 000 euros/habitant) et Alsace (25 700 euros/habitant). La « région capitale » est ainsi l’une des agglomérations les plus riches d’Europe. C’est aussi l’une des plus inégalitaires. Les 10% les plus aisés y déclarent des revenus sept fois plus importants que les 10% les plus pauvres. Par comparaison, en Bretagne, cet écart n’est que de un à quatre.

Cette inégalité se traduit aussi géographiquement. Le taux de pauvreté en Seine-Saint-Denis est le plus élevé de l’Hexagone : dans le « neuf trois », un habitant sur cinq (21,6%) dispose de moins de 876 euros mensuels pour vivre. Au contraire, c’est à l’Ouest de Paris, dans les Yvelines, que l’on rencontre le moins de pauvres en France (avec un taux de pauvreté de 7,2%). La périphérie nord-est de Paris détient un autre record : le niveau de « développement humain » parmi les plus faibles de France. Cet indicateur (IDH-2) combine la santé des habitants, leurs niveaux d’éducation et de vie. Au contraire, à quelques kilomètres de distance, l’Ouest francilien, des quartiers « chics » de la capitale à Saint-Germain-en-Laye ou Versailles, concentre les communes où l’indicateur de développement humain est le plus élevé.

Trois planètes pour vivre

On le sait, le PIB ne reflète que l’activité économique et marchande, et absolument pas le niveau de redistribution des richesses. Le bien-être des habitants, leur santé, leur environnement, y compris au travail, leur qualité de vie indépendamment de leurs revenus, leur niveau d’éducation ou leurs perspectives sont également ignorés par le PIB. Problème : c’est lui qui guide encore prioritairement toute action politique. Or, il « ne distingue pas les dépenses qui servent à réparer un dommage de celles qui améliorent véritablement la vie des populations » d’une région, rappelle La Revue Durable [1]. Le PIB additionne ainsi l’argent dépensé pour acheter des cigarettes, et le coût nécessaire à traiter un cancer. Il nie totalement tous les effets environnementaux : « Si un pays abat une forêt et bétonne des terres fertiles pour construire une ville, seules les dépenses liées à son édification sont comptabilisées ; avec lui, la destruction du capital naturel passe inaperçu. »

Pour compenser ce miroir déformant basé sur la sacro-sainte « croissance », d’autres indicateurs ont vu le jour, en particulier en matière environnementale. L’empreinte écologique est le plus médiatisé. Il permet de mesurer notre « influence directe sur la nature », en estimant la superficie nécessaire à la satisfaction de nos besoins en ressources naturelles, agricoles ou minérales, que ce soit pour se nourrir, se déplacer, se loger ou se chauffer. Dans la région Nord – Pas-de-Calais, en pointe dans l’élaboration de nouveaux indicateurs, l’empreinte écologique d’un habitant est de 5,4 hectares globaux. La capacité maximale disponible étant de 1,8 hectares globaux par terrien, cela signifie que trois planètes sont nécessaires pour assouvir les besoins moyens actuels d’un ch’ti. Pour l’Île-de-France, cette empreinte monte à 5,58 hectares globaux, soit plus que l’empreinte moyenne d’un Britannique ou d’un Allemand. Paradoxalement, un Francilien émet en moyenne deux fois moins de CO2 (6 tonnes équivalent CO2) qu’un Français (11 tonnes), grâce notamment à la densité de son réseau de transport en commun.

Mesurer la santé sociale

Si l’empreinte écologique permet de sensibiliser facilement élus et citoyens sur les questions de pollutions, de production de déchets ou de surconsommations, elle est pour l’écologie aussi réductrice que le PIB pour l’économie. « L’empreinte écologique est entachée des mêmes limites que tout indicateur synthétique. Agréger en un chiffre une réalité complexe implique des raccourcis et des simplifications », même si « c’est le prix à payer pour faire émerger sens et lisibilité », écrit La Revue Durable. Comme le PIB, l’empreinte écologique ne prend pas en compte les inégalités, y compris environnementales, encore moins le fait qu’un riche pollue plus qu’un pauvre.

En 2008, en collaboration avec la région Nord – Pas-de-Calais, deux chercheurs, Florence Jany-Catrice et Rabih Zotti [2] ont mis au point un nouvel outil d’évaluation : l’indicateur de santé sociale (ISS). Celui-ci prend en compte l’éducation, l’espérance de vie ou le revenu mais également les expulsions de logement, l’accès à la justice, le taux de surendettement, la fréquence des maladies, les accidents du travail et de la route, les crimes et délits ou le taux de chômage. Le mode d’élaboration de cet indicateur est d’autant plus original que le groupe de travail associait élus, experts et « société civile ». « Droit au logement y côtoyait ainsi la Banque de France, le secours populaire, les statisticiens de la Direction régionale du travail », soulignent Florence Jany-Catrice et Rabih Zotti, qui se sont également inspirés des travaux autour du Baromètre des inégalités et de la pauvreté (BIP 40).

Le Limousin, champion du bien-être social

Appliqué aux régions, que révèle ce nouvel indicateur ? La région la plus performante socialement n’est pas l’Île-de-France, malgré sa richesse, mais le Limousin qui a pourtant l’un des PIB par habitant le moins élevé. Les plus sinistrées sont le Nord – Pas-de-Calais et le Languedoc-Roussillon. « Les régions économiquement riches se situent plutôt dans le centre et dans l’est et le sud est, tandis que les régions ayant une bonne santé sociale se situent plutôt dans le grand ouest français. Ensuite, les régions Nord-Pas-de-Calais, Languedoc-Roussillon et Provence-Alpes-Côte d’Azur (qui comptent à elles trois 18,5% de la population française) présentent les santés sociales les plus précaires. Et c’est le Limousin qui bénéficie, de loin, de la santé sociale la plus favorable », commentent les chercheurs.

Coïncidence ? C’est dans le grand ouest que le vote sécuritaire et xénophobe pèse moins lourd qu’ailleurs lors du premier tour des élections régionales du 14 mars 2010. Quant à l’Ile-de-France, sa situation « est en toutes dimensions atypique : soit ses performances sont largement meilleures que les autres régions françaises : accidents du travail, précarité, taux de pauvreté des enfants, espérance de vie... Soit cette région est dans la pire des situations : expulsion locative, crimes et délits mais aussi inégalités de salaire et taux d’ISF (impôt sur la fortune). »


L’indicateur de santé sociale des régions françaises : en blanc là où il fait bon vivre, en noir là où la santé sociale est la plus précaire

Source : Institut pour le développement de l’information économique et sociale (Idies)


Les Conseils régionaux respectifs sont-ils responsables – en bien ou en mal - de l’empreinte écologique ou de la santé sociale des territoires qu’ils administrent ? Ces instances n’existent que depuis 1986 et n’ont pas la main sur tous les leviers du développement social et environnemental. La plupart – à l’exception du Limousin et du Nord-Pas-de-Calais gouvernés par la gauche depuis le début – ont basculé à gauche en 1998 ou en 2004. Le Conseil régional du Limousin est cependant celui qui investit le plus dans l’éducation, comparé au nombre de lycéens, ainsi que dans les trains express régionaux (juste derrière la Picardie) [3]. C’est aussi l’une des régions qui – proportionnellement à son budget et à la valeur ajoutée dégagée par les entreprises – soutient le plus le développement économique. En matière d’éducation, par exemple, l’Île-de-France traîne en queue de peloton alors qu’elle figure parmi les premières dans les dépenses environnementales.

Guider l’action des Conseils régionaux

Il est cependant difficile de savoir l’influence réelle de ces politiques sur l’état social et environnemental d’une région. A quoi servent donc des indicateurs alternatifs au PIB ? « Outil d’animation du débat public, il part de la question : « à quoi est-il important de donner de la valeur ? Quels sont les éléments qui doivent guider le regard sur la richesse d’un territoire, d’un pays » ? », répondent Florence Jany-Catrice et Rabih Zotti à propos du « Produit intérieur doux ».

Empreinte écologique ou indicateur de santé sociale révèlent des tendances lourdes, soulèvent des problèmes masqués par la seule mesure de l’activité marchande. Ils peuvent ainsi guider l’action des collectivités territoriales, en particulier des régions si elles veulent incarner une véritable protection sociale et environnementale face à la crise. Plusieurs régions se sont ainsi dotées de nouveaux baromètres, prenant également en compte d’autres éléments, comme la pollution de l’eau ou des forêts, le niveau de bruit ou la biodiversité. La région Île-de-France s’est dotée de son Institut d’aménagement et d’urbanisme, l’Alsace de son « tableau de bord du développement durable ». Une fois le diagnostic réalisé, reste à agir efficacement en lien avec les populations concernées pour que les régions constituent réellement une « protection face à la crise », comme le souhaite la gauche.

Notes

[1] La Revue Durable, janvier 2010

[2] du Centre lillois d’études et de recherches sociologiques et économiques, Université Lille 1.

[3] Voir l’enquête réalisée par Le Nouvel Observateur du 11 mars 2010.

http://www.bastamag.net/article945.html

19/03/2010

Picasso's Guernica



Le tourisme gay : aller ailleurs pour être soi-même ?

Emmanuel Jaurand et Stéphane Leroy

« Paradoxically the gay man needs to be a tourist in order to be at home! »
(Hughes, 1997, p. 5)

Image1Plage gay de Patong, île de Phuket (Thaïlande). © 2008 Emmanuel Jaurand.

En juillet 2009, la première croisière exclusivement gay et lesbienne organisée en France rassembla quelque six cents personnes pour un circuit en Méditerranée. Cette mise à distance du monde et de l’Autre à l’intérieur d’une bulle relationnelle fermée témoigne de façon spectaculaire de la volonté de s’extraire des espaces hétérosexuels et de se retrouver entre homosexuels. Cet exemple illustre une forme de tourisme identitaire, le tourisme gay. Celui-ci résulterait de la combinaison de deux logiques que Howard Hughes définit comme le modèle « pull and push » (1997, p. 5). Le « pull factor » correspond à l’attraction des lieux et des structures commerciales gays, le « push factor » à l’exclusion de la société et des espaces hétérosexuels. Le tourisme est ici entendu comme déplacement et mode d’habiter temporaire d’autres lieux (Stock et al., 2003). À partir d’observations et d’enquêtes à travers le monde, de l’examen des publications, guides et sites Internet spécialisés, complété par celui des travaux consacrés à ce thème, nous entendons montrer en quoi les pratiques et les lieux touristiques peuvent permettre aux gays, au travers de la rencontre, la réalisation de leur sexualité et plus largement de leur identité. Si l’on retient la notion de projet (Mondou et Violier, 2009), trois motifs essentiels qui nous servent de fil conducteur fondent les spécificités de l’expérience touristique gay : la quête du même et de l’entre-soi, la consolidation d’une identité gay pluridimensionnelle (individuelle/collective), la recherche de nouveaux partenaires sexuels.

Partir des pratiques et des représentations collectives des touristes, les considérer comme des acteurs conscients et autonomes (Stock et al., 2003) est aussi à la base de notre démarche. C’est ainsi que la sexualité à laquelle nous nous intéressons ne se limite pas aux seules pratiques sexuelles ; elle recouvre aussi la question des identités sexuelles individuelles et collectives, avec la prise en compte du caractère sexué et de l’orientation sexuelle des touristes. Certes, tous les individus sont caractérisés par une pluralité d’appartenances identitaires susceptibles de redéfinitions, mais les gays qui choisissent en conscience de pratiquer un tourisme communautaire affirment leur ressemblance et leur différence avec les « autres ». ainsi, à l’instar de la pratique des lieux de drague (Éribon, 2009), l’expérience touristique participerait d’un dépassement des différentes dimensions de l’identité individuelle au profit de l’élaboration d’une culture gay commune. Bien sûr, l’essor du tourisme gay, véritable « niche » économique dans le tourisme mondialisé, participe de la commercialisation de cette identité et de l’existence de divisions socioéconomiques. Mais il contribue aussi à renforcer la visibilité sociale des gays, voire des lesbiennes, à assurer la cohésion, même relative, d’un groupe, à défaut de provoquer la naissance d’une « communauté ».

Au préalable, il nous faut préciser que nous réservons le terme de gay aux seuls homosexuels masculins. Si le terme homosexuel ne renvoie qu’à une pratique sexuelle, celui de gay se rapporte à un homme qui, à un moment donné de son existence, se définit, voire se revendique, comme homosexuel. Les gays partagent une culture commune, voire une identité collective, fondée sur l’expérience partagée de l’insulte (Éribon, 1999) et qui s’élabore par opposition au modèle hétérosexuel, souvent vu comme contraignant parce que caractérisé par des relations de couple exclusives et durables. Pour Michel Foucault (1982), « être gay signifie que ces choix [sexuels] se diffusent à travers toute la vie, c’est aussi une certaine manière de refuser les modes de vie proposés, c’est faire du choix sexuel l’opérateur d’un changement d’existence » (Éribon, 1999, p. 461). Cette identité collective est souvent territorialisée, en particulier dans les métropoles qui attirent les gays depuis longtemps (Aldrich, 2004 ; Leroy, 2009), mais aussi dans un certain nombre d’autres lieux touristiques, créés ou investis par les gays.

Un tourisme gay ?

Le tourisme gay est un point aveugle des études sur le tourisme. Pendant longtemps, la géographie du tourisme a privilégié des approches économiques dans lesquelles les touristes étaient désincarnés et réduits à de simples flux, l’association du corps à des termes négatifs dans la tradition rationaliste occidentale (Grosz, 1989) contribuant involontairement au sentiment répandu de touristophobie (Urbain, 1991). De plus, le touriste non genré et non sexué est masculin par défaut (Johnston, 2001 ; Morgan et Pritchard, 1998). Et non seulement la plupart des études sont asexuées mais elles sont aussi, volontairement ou non, hétérocentrées (Waitt et al., 2008). Ainsi, Michael A. Scott (1996) peut étudier le tourisme à Mykonos, en Grèce, sans mentionner qu’il s’agit d’un haut-lieu du tourisme gay et que cette petite île des Cyclades est mondialement connue pour cela. Bien sûr, des nuances entre les pays et entre les disciplines doivent être apportées. Ainsi, la géographie du tourisme française, malgré les évolutions positives récentes, en particulier sous l’impulsion de l’équipe Mit, a encore peu investi la question de la relation entre sexualités, espace et tourisme. En outre, selon Gordon Waitt et Kevin Markwell (2006), le long silence qui a entouré la question du tourisme gay s’explique par une institutionnalisation historique de l’homophobie et par l’existence de lieux gays longtemps invisibles ou seulement connus des initiés. Mais ce silence tend à être rompu. Ainsi, Briavel Holcomb et Michael Luongo publient le premier article sur ce thème en 1996 dans la revue Annals of Tourism Research et Loïc Lomine soutient en 2000 au Royaume-Uni une thèse sur le tourisme gay en Australie. Dans les pays anglo-saxons, plusieurs ouvrages paraissent au cours des années 2000, notamment ceux de Stephen Clift, Michael Luongo et Carrie Callister en 2002, de Howard Hughes en 2006 et de Gordon Waitt et Kevin Markwell en 2006. En France, Emmanuel Jaurand (2005) est le premier à s’intéresser à l’appropriation de plages par les gays et aux pratiques et représentations spécifiques qu’ils en ont.

Le tourisme gay n’est pas le tourisme des gays. Il s’agit d’une forme de tourisme spécifique dans laquelle les motivations, le choix du type d’activité et de la destination sont influencés ou guidés par le fait d’être gay. Aussi, le tourisme gay produit des destinations et des structures spécifiques plus ou moins réservées aux seuls homosexuels masculins. Il convient de préciser qu’historiquement il n’y a pas de structuration du tourisme lesbien. Une enquête réalisée aux États-Unis au début de la décennie par l’agence Community Marketing a montré que les femmes ne comptaient que pour 6% dans le marché du tourisme homosexuel (Waitt et Markwell, 2006). De même, elles représentaient moins de 10% des participants à la croisière gay et lesbienne de juillet 2009 évoquée plus haut1. Aujourd’hui, une lesbienne qui souhaite passer ses vacances sur l’île grecque de Lesbos, lieu mythique dans l’histoire et la culture lesbiennes, aura bien du mal à organiser son déplacement, même auprès des opérateurs spécialisés… Si les gays et les lesbiennes partagent l’expérience de l’injure homophobe et de la stigmatisation, ce qui les contraint à adopter les mêmes stratégies d’autorégulation et à cacher généralement leur identité sexuelle dans les espaces du quotidien (Kitchin et Lysaght, 2003), leurs cultures sont à l’évidence différentes (Sedgwick, 2008) et leurs aspirations en matière de déplacement touristique distinctes (Pritchard et al., 2000). Aussi, nous nous focalisons sur les gays ; et bien évidemment nous ne parlons pas de et pour tous. Certains ne voyagent pas ou ne pratiquent jamais ou pas systématiquement un tourisme « identitaire ». Nous ne prétendons pas rendre compte de la variété des pratiques touristiques des gays en fonction de leur origine sociale, culturelle et géographique et de leur trajectoire de vie.

Image2Publicité pour une agence de voyage gay et lesbienne dans le métro de Londres (Royaume-Uni). © 2008 Stéphane Leroy.

À partir du milieu des années 1980, les publicités pour les voyages deviennent les plus nombreuses dans The Advocate, le plus fameux magazine gay américain. De même, si le guide gay international Spartacus, qui liste les commerces gays et lesbiens et les lieux de rencontre à travers le monde, ce qui le rend quasi indispensable au touriste gay, comptait 109 pages lors de sa création en Allemagne en 1970, son édition de 2009 en comprend 1178 ! Et à partir du début des années 1980, aux adresses spécialisées des métropoles s’ajoutent celles de bon nombre de stations balnéaires très fréquentées par les gays, principalement en Europe et en Amérique du Nord. Tous les auteurs remarquent que le tourisme gay est en plein essor et qu’il constitue aujourd’hui une nouvelle « niche », très porteuse au sein de l’économie du tourisme (Hughes, 2006 ; Queige, 2000). Si elles restent rares, des publicités visant la population gay s’affichent depuis quelques années sur les murs des métropoles occidentales. Mais la plupart des auteurs continuent de s’intéresser seulement aux espaces urbains, lieux de visibilité et lieux qui maximisent les possibilités de rencontre, en particulier entre hommes (Rushbrook, 2002 ; Waitt et Markwell, 2006). De nombreux travaux géographiques s’attachent à montrer que la gay pride, si elle constitue un formidable outil pour « sortir du placard » et contester l’hétéronormativité de l’espace public (Duncan, 1996 ; Johnston, 2001), est avant tout un événement touristique (Luongo, 2002 ; Markwell, 2002 ; Markwell et Waitt, 2009). Ceci confirme l’importance des destinations touristiques fondées sur la fête (Équipe Mit, 2005), et la constitution d’un « archipel » métropolitain gay à l’échelle du monde.

À la recherche du paradis perdu.

Dans le contexte de l’hégémonie hétérosexuelle qui se superpose à la domination masculine (Bondi et Rose, 2003) et qui façonne les espaces du quotidien (Bell et Valentine, 1995 ; Duncan, 1996), l’opportunité d’être un instant soi-même en validant son identité sexuelle au contact du même est rare et donc forcément très importante pour les gays. Pour eux, les lieux fréquentés, qu’ils soient publics ou privés, et indépendamment des personnes avec qui ils sont ou qu’ils rencontrent, relèvent de deux catégories distinctes : ceux où le dévoilement de leur identité sexuelle est risqué et donc presque impossible et ceux, moins nombreux, où ils n’ont pas besoin de cacher le fait qu’ils sont homosexuels (Leroy, 2009). Le déplacement en général et le déplacement touristique en particulier participent de cette quête identitaire, tant individuelle que collective (Waitt et Markwell, 2006). C’est pour cela que la métaphore du voyage est au cœur de la culture gay depuis la fin du 19e siècle (Bech, 1997). Elle s’appuie sur le fantasme de l’existence d’un paradis gay, c’est-à-dire d’un espace non hétérosexiste (sans hiérarchie entre les sexualités au profit de l’hétérosexualité) et non hétéronormé (débarrassé du pouvoir normatif de l’hétérosexualité), qu’il faut chercher (Jaurand et Leroy, 2008). Le tourisme repose sur des mythologies populaires puissantes. Le tourisme gay n’est en cela pas différent d’autres formes de tourisme (Morgan et Pritchard, 1998). On pourrait le rapprocher du tourisme des racines, orienté vers la quête communautaire d’un espace de mémoire (Cousin et Réau, 2009).

Dès le 19e siècle, voyager permet de faire ce que l’on ne peut pas faire chez soi. Pour nombre d’homosexuels masculins, le paradis perdu se situe quelque part en Méditerranée ou en Orient. De nombreux artistes et écrivains (von Gloeden, von Plüschow, Gide, Wilde, Forster, etc.) qui ont voyagé ou se sont même installés dans certains pays méditerranéens (Grèce, Italie, Maroc, Tunisie) ont véhiculé l’idée qu’il existe des hétérotopies homosexuelles, des espaces débarrassés des restrictions de la civilisation nord-européenne et façonnés par une culture homosexuelle antique largement imaginaire (Waitt et Markwell, 2006). Lors de l’un de ses voyages au Maghreb durant les années 1930, Henry de Montherlant, fasciné par la beauté de jeunes hommes perçus comme libérés et « faciles », note que « le paradis existe encore » (Patanè, 2006, p. 296). De même, si beaucoup d’entre elles étaient chargées d’homoérotisme ou exhalaient puissamment le désir homosexuel, les milliers de photographies d’adolescents nus prises par le baron von Gloeden, lors de son exil à Taormina en Sicile, étaient tolérées des milieux artistiques2. Ils voyaient dans ces éphèbes posant « à la grecque » une réinterprétation d’un idéal romantique perdu (Goldman, 2006). On peut aussi citer les photographies plus provocantes de Wilhelm von Plüschow et Vincenzo Galdi dans le Sud de l’Italie, celles d’Herbert List de garçons dénudés au bord de la Méditerranée et de la Baltique, ou les clichés rehaussés à la peinture de jeunes Tunisiens, souvent nus, réalisés au début du 20e siècle par Rudolf Lehnert, qui entendait célébrer la beauté masculine.

Sous l’effet du discours colonial qui fait des Suds les espaces de projection de tous les fantasmes occidentaux, puis des témoignages et des récits d’une nouvelle vague d’écrivains-voyageurs (Bowles, Burroughs, Capote, Genet, etc.), les corps non blancs ou à la peau plus foncée que celle des Européens du Nord étaient considérés comme exotiques, érotiques et disponibles car évoluant dans le monde non occidental, imaginé comme libre pour toutes les pratiques, notamment sexuelles (Weeks, 1985). La connexion entre exotisme et érotisme dans les représentations et l’imaginaire occidentaux est aujourd’hui bien étudiée (Staszak, 2008). Cette exotisation et cette fascination pour ces corps tendent à perdurer, comme en témoigne par exemple le célèbre tableau de Pierre et Gilles intitulé Le fumeur de narguilé, qui exprime avec théâtralité la fascination (homo)sexuelle occidentale pour le corps oriental, alors même que l’Occident apparaît désormais comme davantage libéré sexuellement que le reste du monde, notamment musulman (Meddeb, 2009). Toutefois, à la suite de Jon Binnie (2004), il convient de préciser ici que l’éventuelle séduction pour la nostalgie coloniale et l’érotisation de la différence physique ne signifient pas forcément la domination occidentale.

Le littoral peut correspondre à ce paradis perdu que cherchent les gays. Ce sont d’ailleurs des villes littorales qui, les premières, développent une réputation de lieux touristiques libérés et ouverts à l’homosexualité : Capri, Taormina ou Naples en Italie, Tanger au Maroc, Rio au Brésil notamment. L’assimilation du littoral, et de la plage en particulier, à un paradis gay apparaît en tout cas comme un lieu commun véhiculé par les publications destinées au lectorat homosexuel masculin en Occident. En témoignent l’iconographie et les rubriques des guides de voyages spécialisés et des magazines gays, tout comme les représentations faites par des artistes homosexuels depuis le 19e siècle. L’appellation de paradis est souvent mobilisée par les publicitaires et journalistes pour évoquer les portions de littoral préférées des gays, aux quatre coins du monde européanisé (Jaurand, 2005). Ainsi, le plus ancien hôtel exclusivement gay d’Australie, le Turtle Cove à Cairns, promet dans sa publicité « Gay heaven on the beach… » (« Paradis gay sur la plage… »), dans un cadre isolé par la forêt tropicale. Le hors-série Têtu Plage propose chaque année un « hit-parade » des plages fréquentées par les gays. La calanque de Sugiton, près de Marseille, s’est ainsi vue gratifier de l’appellation de paradis en 2002. Cette même appellation de paradis gay a qualifié en 2007 « les criques sauvages et tolérantes de Simeiz » (Dimier, 2007, p. 80), en Ukraine, au bord de la mer Noire.

Plus largement, depuis qu’un segment touristique gay a émergé il y a une vingtaine d’années (Waitt et Markwell, 2006), le cliché du rivage paradisiaque envahit toutes les représentations des publications gays ayant trait aux voyages, jusque dans les brochures des voyages d’hiver. Ainsi, le guide Spartacus propose chaque année en couverture la photographie d’un jeune homme de type européen, au torse imberbe, posant dans un décor balnéaire. Howard Hughes (2000) avait déjà noté que les publicités de voyages à destination des gays se focalisaient sur le soleil, la mer, le sable et très peu sur la culture, la montagne ou le safari. On peut ajouter qu’elles suggèrent aussi la promesse de relations sexuelles, à travers la mise en scène de corps dénudés. Comme les conditions « classiques » qui fondent les pratiques touristiques ne sont pas systématiquement réunies, notamment l’altérité et le dépaysement si l’on suit la proposition de Michel Lussault et Mathis Stock (2007), est-ce à dire que le tourisme gay n’existe pas ? Effectivement, pour le touriste gay, l’autre est aussi le semblable. L’altérité est seulement fondée sur une rupture avec l’espace-temps quotidien largement hétéronormé. Le lieu touristique offre d’autres rythmes et d’autres qualités pour les gays : environnement, entre-soi, évitement des hétérosexuels.

Fuir « l’interpellation hétérosexuelle ».

Cherry Grove est une petite station balnéaire sur Fire Island, à environ quatre-vingts kilomètres de New York. C’est la seule station créée presque ex nihilo par une communauté de gays et de lesbiennes durant les années 1930, en réaction à l’homophobie de la société (Newton, 1993). Aujourd’hui, la plupart des bungalows de cette hétérotopie homosexuelle singulière sont des résidences secondaires, quasiment toutes occupées par des gays et des lesbiennes. Le drapeau arc-en-ciel qui flotte sur l’embarcadère à côté du drapeau américain indique clairement à l’étranger de passage qu’il accoste sur une « République gay ». Si ce cas unique est difficilement transposable ailleurs (l’idée même de « village » gay est typiquement américaine), la première explication à l’existence d’un tourisme gay est la fuite de ce que le philosophe Didier Éribon appelle « l’interpellation hétérosexuelle » (1999, p. 88).

Image3Drapeaux sur l’embarcadère de Cherry Grove, Ny (États-Unis). © 2009 Stéphane Leroy.

La plupart des espaces, qu’ils soient privés ou publics, étant façonnés par l’hétérosexualité et les normes qu’elle impose (Bell et Valentine, 1995), naturalisées par les pratiques et les discours (Browne, 2007 ; Duncan, 1996), les hétérosexuels n’ont jamais besoin de cacher ou d’afficher ce qu’ils sont. L’offre touristique elle-même est hétéronormée. Les affiches et brochures publicitaires ou les guides touristiques montrent que les professionnels du tourisme font comme si tout le monde était hétérosexuel ou comme si l’offre pouvait convenir à tous les touristes. Toutefois, les choses ont un peu évolué dans certains guides, surtout quand ils traitent des métropoles. Par exemple, la sixième édition du guide Lonely Planet sur New York (2009) consacre un chapitre au « New York gay et lesbien ». Toutefois, il ne comporte que 7 pages sur les 432 du guide. Mais d’une manière générale, l’offre apparaît peu adaptée pour bon nombre de gays et de lesbiennes. C’est pour cela que plusieurs guides à destination de cette population ont été créés à partir des années 1970, que des tour-opérateurs gays sont apparus et que les magazines gays accordent de plus en plus de place aux voyages et aux vacances. Il faut dire que les gays consacrent une part plus importante de leurs dépenses aux loisirs (Queige, 2000). Ainsi, Têtu, le principal magazine gay et lesbien français, a lancé un supplément estival, Têtu Plage, en 2001, puis Têtu Voyage en 2006, un semestriel qui présente des destinations touristiques gay-friendly.

En réaction à ce que Kath Browne (2007) appelle une hégémonie invisible, les gays développent des pratiques de repli et de fuite qui prennent la forme de migrations résidentielles (Knopp et Brown, 2003) et de mouvements pendulaires de courte durée (Pollak, 1982), en particulier vers les grandes villes (Bech, 1997). La recherche de lieux où le gay peut être lui-même est continue et on peut avancer, à la suite d’Andrew Gorman-Murray (2007), qu’elle est intrinsèque au fait d’être gay. Bien évidemment, pour ceux qui le peuvent, ces circulations fréquentes dans l’espace prennent la forme de déplacements touristiques ou de loisirs. Par exemple, une enquête réalisée en 1998 par Community Marketing a montré que 89% des gays vivant aux États-Unis possédaient un passeport contre 18% pour l’ensemble de la population du pays (Queige, 2000). La mobilité des gays et leur propension à pratiquer un nombre de lieux supérieur aux autres populations nous permettent de les qualifier d’habitants « poly-topiques » pour reprendre l’expression de Mathis Stock (2006). De plus, le nombre de destinations gays augmente avec la croissance du nombre de voyages effectués par le touriste gay (Clift et Forrest, 1999). Le déplacement touristique apparaît bien comme le meilleur moyen d’échapper à l’hétérosexisme, surtout pour ceux qui sont obligés de cacher leur homosexualité dans les espaces qu’ils pratiquent quotidiennement et où l’anonymat est presque impossible. Pour eux, les vacances dans un milieu gay vont alors constituer de véritables parenthèses temporelles et spatiales, durant lesquelles ils seront eux-mêmes, dans des lieux où ils pourront vivre librement leur sexualité.

L’un des facteurs explicatifs des destinations touristiques choisies par les gays est également le besoin de sécurité (Pritchard et al., 2000). Ils vont chercher des lieux gay-friendly et rejeter les espaces homophobes. Pour cela, les guides et magazines spécialisés, comme le bouche-à-oreille, jouent un très grand rôle. Les principaux critères dans le choix d’une destination touristique, aussi bien métropolitaine que balnéaire, vont être liés à l’importance de l’animation, notamment nocturne (via les établissements commerciaux), à la possibilité de faire du shopping et à l’existence d’événements festifs (Queige, 2000). Celle-ci est particulièrement importante et les grands événements, tels que la gay pride un peu partout dans le monde (celle de Sydney, appelée Mardi gras, est le plus grand événement festif et touristique de l’année en Australie : Markwell, 2002), les gay games (Waitt, 2003), les white parties floridiennes, le festival Divers/Cité de Montréal, etc., drainent des centaines de milliers de touristes gays. Ces appropriations éphémères de l’espace public constituent des formes de résistance, au moins symboliques, à l’hétéronormativité qui l’organise (Johnston, 2001 ; Waitt et Markwell, 2006). Le succès de ces événements révèle l’importance du corps et de sa mise en visibilité et en scène dans la culture gay. Ils sont si centraux dans le calendrier homosexuel que toutes les stations balnéaires très fréquentées par les gays organisent aujourd’hui une gay pride afin d’en attirer le plus grand nombre et si possible de les retenir plusieurs jours. Le tourisme gay est une fuite, mais une fuite pour se retrouver entre soi.

« C’est agréable de se retrouver entre nous »3.

Si la recherche de la rencontre est au cœur du tourisme (Amirou, 2008), pour les gays c’est moins celle de l’autre que celle du semblable. La recherche de l’entre-soi est la deuxième explication de l’existence du tourisme gay, comme elle justifie le développement de quartiers commerciaux gays au cœur des métropoles occidentales (Leroy, 2005), voire de quartiers résidentiels (Lauria et Knopp, 1985). Il s’agit pour les gays de valider leur propre identité sexuelle au contact du semblable et de participer un court moment à l’élaboration d’une communauté d’hommes (qui peut certes s’avérer normative et excluante) et à la construction d’une culture commune, fondée sur des comportements, des expériences, des motivations et des goûts similaires. La rencontre du même, à des fins de sociabilité et/ou de relations sexuelles, est l’une des finalités du tourisme gay (Jaurand et Leroy, 2008). On est bien loin du mépris du touriste pour son semblable évoqué par Jean-Didier Urbain (1991). Howard Hughes (1997) fait remarquer qu’il y a là un paradoxe : les gays doivent se déplacer, être des touristes, pour se retrouver chez eux et entre eux.

Les foyers émetteurs principaux, comme pour les autres touristes, sont situés dans le monde occidental : le tourisme est un élément fondamental de la construction des cultures gays occidentales (Waitt et Markwell, 2006). Il y a clairement une opposition entre les Nords, où les gays sont de plus en plus visibles, et les Suds, où ce n’est pas le cas, sauf exception. À toutes les échelles, les gays investissent et s’approprient des espaces privés et publics qu’ils mettent en tourisme, même si le nombre de touristes gays est trop faible pour qu’il existe des stations balnéaires exclusivement gays (Cherry Grove est un cas limite). Les conditions locales jouent assez peu dans le choix des destinations, pourvu qu’il y ait du soleil. Ces dernières sont spécifiques, différentes de celles de la population hétérosexuelle. Mykonos, Playa del Inglés, Sitges, Provincetown, Palm Springs ou Key West par exemple sont pour les gays ce que Djerba, l’île Maurice, Bodrum, le Cap-d’Agde, Punta Cana ou Acapulco sont pour les touristes hétérosexuels. De même, le tourisme urbain gay va délaisser Rome, Venise, Vienne ou Las Vegas pour Berlin, Madrid, San Francisco ou Sydney, nettement mieux équipées en commerces gays. Plus généralement dans les métropoles occidentales, les quartiers gays vont constituer des bases de repli, principalement nocturnes, à l’intérieur d’un espace hétéronormé, où l’altérité est forte et subie, que le touriste gay va fréquenter la journée.

Il a déjà été montré que les gays entretiennent depuis longtemps un rapport privilégié avec la grande ville (Aldrich, 2004). Les homosexuels y sont beaucoup plus visibles que nulle part ailleurs (Bell et Valentine, 1995). La métropole répond en partie aux attentes des gays et des lesbiennes, en particulier à leurs besoins de sécurité, de sociabilité, de visibilité, mais aussi d’anonymat (Leroy 2005, 2009). Pour les gays, l’espace touristique est un espace qui doit être urbanisé, afin que les possibilités de rencontres y soient maximales. Il doit leur offrir les mêmes services, leur garantir les mêmes avantages et leur donner la possibilité des mêmes pratiques que la ville (Altman, 2001). En effet, tout se passe comme si les commerces (bars et restaurants, discothèques, sex-clubs et saunas) qui structurent les quartiers gays des grandes villes occidentales étaient déplacés dans les quelques stations balnéaires où les homosexuels élisent domicile pendant leurs vacances4 (Jaurand et Leroy, 2008). En transférant leur mode de vie dans ces espaces ensoleillés, les gays urbains souhaitent donc retrouver les services et équipements qu’ils utilisent toute l’année dans leur lieu de résidence, et avoir les mêmes distractions (danse, drague, interactions sexuelles anonymes…) et la même animation, participant ainsi au développement d’une nouvelle homonormativité (Bell et Binnie, 2004). La distinction quotidien/hors-quotidien qui est au cœur du déplacement touristique joue donc surtout pour ceux qui ne peuvent vivre leur homosexualité dans leur espace-temps habituel (professionnel, résidentiel, domestique, etc.). L’entre-soi se met en scène et se donne à voir. Ainsi, la station balnéaire, avec son espace public souvent monosexué le jour et encore plus le soir, ses rues animées, devient une scène à ciel ouvert sur laquelle se joue la visibilité gay, comme sur la plage. Si les homosexuels masculins y conservent la visibilité acquise dans les grandes villes occidentales, les lesbiennes y sont aussi peu visibles, comme coincées entre la puissante hétéronormativité et l’hégémonisme gay.

Les infrastructures commerciales sont plus ou moins intégrées au reste de l’espace touristique mais doivent toutes être adaptées aux particularités du mode de vie gay (en termes d’horaires, de pratiques, d’animations, etc.)5. À l’inverse de la rue, c’est moins la visibilité qui y est recherchée que la garantie de l’entre-soi. Cela va de la maison d’hôte ouverte sur la station ou la ville, reconnaissable à son drapeau arc-en-ciel afin de signaler qu’elle est, sinon exclusivement ouverte aux homosexuels, du moins qu’ils constituent sa principale clientèle, aux hôtels-clubs exclusivement réservés aux gays en passant par les croisières, également fermées aux hétérosexuels et parfois spécialisées dans une subculture homosexuelle. Même s’il en existe quelques-uns en Europe et en Océanie, les resorts réservés aux homosexuels masculins sont une spécialité des États-Unis. La présence exclusive de gays est un argument de vente mis en avant par les opérateurs et toutes les publicités vantent un « all-male » ou un « 100% gay ». Ces structures constituent des exemples achevés de fermeture au monde extérieur et de tourisme « hors-sol » (Équipe Mit, 2005), car on en trouve dans toutes les régions bénéficiant d’un fort ensoleillement toute l’année, parfois loin de la mer. L‘autorisation du nudisme et l’existence d’une backroom, de cabines, de salles de projection de films pornographiques, etc., indiquent clairement que ce ne sont pas que des structures d’hébergement, mais de véritables clubs de rencontre, à l’instar de certains comptoirs touristiques (Ceriani et al., 2008). Aux États-Unis, ces véritables « camps retranchés » ont remplacé les sex-clubs et les saunas, interdits dans la plupart des États depuis la diffusion de l’épidémie de sida. La fermeture spatiale qui caractérise ces comptoirs est la condition même de la liberté qui règne à l’intérieur (Équipe Mit, 2005).

Image4Maison d’hôte gay à Provincetown, Ma (États-Unis). © 2008 Stéphane Leroy.

Dans l’espace public, c’est la plage gay (désignée comme telle dans les magazines et par les intéressés) qui constitue, dans un but de recherche de l’entre-soi, l’archétype de l’espace approprié par les gays, qui le chargent de valeurs symboliques et identitaires (Jaurand, 2005). Uniquement répertoriées dans les guides, magazines et sur les sites Internet spécialisés, les plages fréquentées par les gays ont une localisation marginale, éloignée du cœur des stations balnéaires, parfois difficile d’accès, ce qui minimise le risque d’y rencontrer un public familial. Comme dans les rues des stations ou des métropoles qu’ils s’approprient, les gays y valident leur identité au contact du même. Ils recréent dans l’espace public une communauté d’hommes partageant les mêmes intérêts, une même identité sexuelle et des comportements qui constituent autant de transgressions de la loi ordinaire : la dénudation parfois en toute illégalité et des actes sexuels dans l’espace public, comme dans les autres lieux de drague et de rencontre sexuelle. Les gays produisent dans l’espace littoral des fragments d’antimonde monosexués et régis par leurs propres codes, et le cas échéant reconnaissables par des marqueurs spatiaux, ainsi des drapeaux arc-en-ciel hissés sur les plages, comme à Patong, Ibiza, Key West ou Provincetown par exemple, parfois peints sur les rochers comme à la Playa del Muerto à Sitges, ou des inscriptions, telles celle indiquant « gay zone » sur cette même plage, ou celle proclamant « Bienvenue aux gays du monde entier » à Saint-Laurent-d’Èze sur la Côte d’Azur.

Image5Graffiti sur le chemin de la plage gay de Sitges (Espagne). © 2006 Emmanuel Jaurand.

Une sexualisation très forte et assumée.

La sexualité, dans le sens de réalisation d’actes sexuels, est une dimension fondamentale de la formation de l’identité gay (Binnie, 2004). Le temps des vacances, temps du relâchement, permet aux gays d’accéder de nouveau à l’importance de la sexualité dans la construction de leur identité individuelle. Ils sont entre eux, débarrassés un court moment des contraintes imposées par la société hétérosexuelle. Le sexe constitue d’ailleurs un sujet de conversation banal et très prisé, contrairement à ce qu’avance Michel Bozon (1999), mais peut-être oublie-t-il les homosexuels dans son propos. Les motivations du tourisme gay sont donc sexualisées (Clift et Forrest, 1999 ; Waitt et Markwell, 2006), ce qui est assumé par les intéressés. Nous suggérons qu’il s’agit d’une différence majeure avec la plupart des touristes hétérosexuels, pour lesquels on peut avancer que la réalisation de la sexualité durant les vacances reste souvent à l’état de fantasmes ou en tout cas qu’elle ne constitue pas explicitement un objet du déplacement touristique. Il y a toutefois des exceptions : les touristes sexuels (qui peuvent également être homosexuels), les échangistes ou adeptes du tourisme libertin (Welzer-Lang, 2005), les « touristes de romance », les étudiants américains qui pratiquent les springbreaks6 ou les touristes européens (majoritairement britanniques) qui s’adonnent aux stag parties à Prague ou Bratislava par exemple. Pour nombre de gays qui séparent l’affectif et le sexuel, avoir des relations sexuelles avec des inconnus, qui peuvent devenir des amis par la suite, dans son lieu de résidence ou de villégiature, est normal et habituel. Il n’existe d’ailleurs pas dans la rencontre sexuelle entre homosexuels la même dissymétrie « chasseur/gibier » qu’entre hétérosexuels, ce qui rend plus facile l’accès au corps de l’autre. Que le touriste gay soit seul, en groupe ou même en couple (dans ce cas précis, un accord du partenaire est généralement nécessaire), l’une de ses motivations essentielles est la recherche de nouveaux partenaires sexuels.

Ce lien entre le sexe et le tourisme est entretenu par un certain nombre de supports : des nombreux films pornographiques mettant en scène des lieux touristiques paradisiaques, débarrassés des interdits et où les jeunes hommes sont disponibles, des magazines présentant les destinations les plus hot et suggérant que les rencontres y sont aisées et des guides spécialisés dans lesquels l’association sexe-tourisme est explicite (Hughes, 1997). Ceux-ci ne sont pas des guides touristiques au sens ordinaire. Ils ne formulent pas de conseils de visite (ils déconseillent tout de même certains pays…) mais se contentent d’énumérer les établissements commerciaux gays et les lieux de rencontre, classés par pays puis pas ville. Le touriste gay doit être certain de trouver facilement d’autres gays, autochtones ou touristes comme lui, et d’avoir des possibilités de relations sexuelles dans son lieu de villégiature. Ainsi, pour chaque ville, on retrouve des rubriques telles que « sauna », « sex-club » et « sex-shop », et même une rubrique « cruising » qui indique les lieux de drague extérieurs. Pour les villes littorales et les stations balnéaires, la rubrique « swimming » vient compléter cette liste, mais les bains de mer sont souvent agrémentés par des séquences de drague et de rencontres sexuelles dans l’arrière-plage (Jaurand, 2005). Par exemple, en 2009, les lieux privés et publics dévolus aux relations sexuelles anonymes, fréquentés tant par les locaux que les touristes, constituaient 68 des 152 adresses listées dans le guide Spartacus pour la ville de Paris.

Ces lieux sont tous caractérisés par une dimension fonctionnelle très forte. L’espace du touriste gay, comme celui qu’il fréquente quotidiennement, doit être rationalisé et son temps rentabilisé (Pollak, 1982). On peut se demander s’il n’identifie pas la sexualité à « une économie rationnelle de la production d’orgasmes » (Bozon, 1999, p. 11). Les gays donnent aux espaces publics urbains et littoraux une forte charge érotique. Tous les lieux, même les plus incongrus, sont susceptibles d’être détournés pour des relations sexuelles, faisant de la ville, de la station et de leurs alentours de vastes « zones érogènes » (Bell, 2001). Chaque année, Têtu Plage dresse la liste des meilleures plages gays et surtout indique les possibilités de relations sexuelles. Dans le numéro de 2009, on peut lire par exemple pour la plage de Plouarzel : « D’un côté, la douce gifle des embruns du rail d’Ouessant, de l’autre l’inconnu de la grotte » (Zimmermann, 2009, p. 52) ; et pour celle de Dieppe : « On fait son choix directement sur les galets puis on s’esquive à deux ou plusieurs dans les criques pour consommer » (p. 54). Par contre, celle de Villeneuve-lès-Maguelonne risque d’avoir une faible fréquentation gay car : « On mate, on lève, mais on ne consomme pas sur place, faute de dunes ou de recoins » (p. 48). Dans les lieux extérieurs de drague et d’interactions sexuelles anonymes, le public et le privé, l’intime et l’extime coexistent. Ce faisant, les gays transgressent la loi, et cela d’autant plus aisément que le temps des vacances est celui d’un relâchement. L’espace touristique apparaît alors comme un grand défouloir pour les gays.

Cette sexualisation très forte et assumée du tourisme gay est marquée par une dénudation fréquente du corps. Le nudisme, notamment de plage, est une pratique fort répandue et banale parmi les homosexuels masculins (Jaurand et Luze, 2004), nettement plus que chez les hétérosexuels et les lesbiennes. En vacances, le touriste s’occupe de son corps, souvent malmené dans la vie quotidienne, et il le redéfinit par rapport au corps de l’autre. Mais pour le touriste gay, il s’agit surtout de sexualiser sa chair, de la rendre désirable, disponible, et de mesurer la valeur de son corps sur le marché sexuel. Musculation, tatouages, piercings, épilation participent de cette sexualisation « obligée ». Il y a là peut-être une sorte d’impératif de l’apparence auquel nombre de gays refusent de se soumettre. Sans aucune inhibition, on se déshabille souvent intégralement dans certains hôtels et sur les plages gays, mais on le fait aussi lors de la Gay Pride (partiellement), dans certains parcs urbains ou dans les sex-clubs des métropoles. On peut voir dans ces pratiques de l’exhibitionnisme ou de la provocation. Mais on peut aussi considérer que le corps est le medium de la relation entre les individus et l’espace (Duncan, 1996) et le lieu de formation de l’identité sexuelle (Gorman-Murray, 2007) et donc, comme le propose Derek Gregory (1994) notamment, l’appréhender comme un site de résistance à toutes les normes et les formes de domination. C’est aussi le corps qui définit les limites de la subjectivité (Grosz, 1989). Il y a une dimension politique subversive à se dénuder dans des espaces publics aujourd’hui de plus en plus contrôlés et aseptisés. À l’instar de certains quartiers des centres-villes, la plage, appropriée par les gays qui s’y mettent en scène, montre que la construction de l’identité gay est très liée à la transformation de l’espace public.

Image6Plage naturiste gay de Sandy Bay, Le Cap (Afrique du Sud). © 2006 Stéphane Leroy.

Le tourisme offre aux gays un espace-temps de relâchement par rapport au respect de la loi et des normes et plus généralement par rapport à la pression hétérosexuelle. Il participe ainsi à l’élaboration d’une identité et d’une culture gays dans laquelle la sexualité est fondamentale. Plus généralement, on peut avancer que la recherche de l’identité gay est elle-même une forme de tourisme, car elle nécessite le déplacement. Bien sûr, il faut dissiper le mythe selon lequel les gays seraient des prédateurs sexuels qui voyagent seulement pour avoir des aventures sexuelles (Clift et Forrest, 1999). La sexualité dont il a été question ici dépasse largement les seules relations sexuelles. Elle participe de la recréation (Équipe Mit, 2002 et 2005 ; Stock et al., 2003) individuelle et collective des gays. Nous avançons que la prise en compte de la dimension sexuelle du voyage enrichit la compréhension du tourisme. De plus, le tourisme permet la (re)production du fantasme de lieux comme paradis gays. Les pratiques touristiques gays travaillent à satisfaire ce désir ardent de lieux autres, contribuant à la formation d’une culture gay internationale (Bell et Binnie, 2000).

Mais l’essor du tourisme gay en Occident participe aussi de la commercialisation progressive de la culture gay, dénoncée par les théoriciens queer, au détriment des aspects plus politiques et subversifs. Les mêmes contestent la façon dont le secteur touristique normalise le fait d’être gay et reproduit des hiérarchies, notamment socioéconomiques (Waitt et al., 2008). On peut également avancer que le tourisme gay participe de la diffusion au monde entier d’une identité et de pratiques gays occidentales uniformes. C’est ce que les anglo-saxons, à la suite de Dennis Altman (2001), appellent le « global gay ». La diffusion aux pays non occidentaux de cette identité gay (l’exportation mondiale de la gay pride en est un bel exemple) est interprétée par des auteurs tels que Jasbir Puar (2002) comme un avatar de néo-colonialisme. Il est tout de même un peu gênant qu’ils formulent les mêmes critiques que les États les plus homophobes du monde (Zimbabwe, Sénégal, Iran, etc.). Les touristes gays occidentaux seraient contagieux, apportant avec eux leur immoralité et leur perversion… On peut aussi imaginer, à la suite de Jon Binnie (2004), que le « global gay » rend possible pour les populations des Suds l’émergence de nouvelles identités sexuelles produites par l’hybridation des pratiques globales et locales. Dans tous les cas, la visibilité croissante des gays occidentaux via les espaces touristiques a des implications pour les homosexuels du monde entier.

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Notes
1 Entretien avec Stéphane Loiselier, directeur du tour-opérateur gay et lesbien Attitude Travels, organisateur de cette croisière.
2 Ses photographies ne sont pas libres de droit. On peut toutefois en contempler dans divers ouvrages et catalogues d’exposition, sur le site qui lui est consacré ou à la galerie Au Bonheur du Jour, à Paris, dans le 2e arrondissement.
3 Extrait d’un témoignage d’un habitué de la plage gay de Sitges en Espagne (Ulysse, 2005, n°105, p. 32).
4 La densité des commerces gays dans certaines stations balnéaires peut être considérable. Ainsi, ils sont aujourd’hui plus nombreux à Playa del Inglés, haut-lieu du tourisme gay, aux Canaries, qu’à Barcelone !
5 Par exemple, pour la croisière gay et lesbienne qu’il a organisée en juillet 2009, le tour-opérateur Attitude Travels précisait sur son site : « Des animations et horaires totalement ré-étudiés afin de correspondre à votre façon de vivre et à votre idée des vacances ». Ainsi, le service des repas fut repoussé de 19h à 20h30 et la fermeture des bars à 4h. Les soirées furent rythmées par des spectacles très gays : transformistes, drag-queens, concerts et autres animations très « camp ». L’organisation avait même prévu une soirée « underwear », un solarium réservé aux nudistes et une « cruising zone nocturne »… On a là un bel exemple d’appropriation d’un espace privé, et même de la transgression de son usage.
6 « Pratique de défoulement des étudiants américains, au moment des vacances de printemps, consistant à aller fréquenter une plage subtropicale ou tropicale pour goûter tout à la fois au sexe, à l’alcool et au farniente » (Ceriani et al., 2008).

Emmanuel Jaurand

Docteur en géographie, ancien élève de l’Ens Fontenay-Saint-Cloud, Emmanuel Jaurand est maître de conférences à l’Université Paris-Est Créteil (Upec) et membre de l’ea 3482 Lab’Urba. Depuis 2001, ses recherches portent sur les territorialités des nudistes et des gays dans l’espace touristique littoral, en Europe et dans le reste du monde, objets d’une hdr en préparation. Dernier article paru : « Les sociétés locales face au tourisme nudiste. Résultats d’une enquête qualitative sur la côte pacifique du Mexique » (avec Juan Carlos Monterrubio) in Téoros, vol. 28, n°2, 2009, pp. 83-92. Il a cosigné avec Stéphane Leroy un article sur la géographie du pacs : « Espaces de pacs. Géographie d’une innovation sociale » in Annales de Géographie, vol. 667, 2009, pp. 179-203.

Stéphane Leroy

Docteur en géographie, Stéphane Leroy est maître de conférences à l’Université Paris-Est Créteil (Upec) et membre de l’ea 3482 Lab’Urba. Depuis 2004, ses recherches portent sur les espaces des homosexualités, notamment métropolitains. Il s’est récemment intéressé aux pratiques et représentations de l’espace public parisien des gays et des lesbiennes, à la gay pride comme contestation de l’hétéronormativité de ce même espace et à l’attraction des grandes villes sur la population homosexuelle. Dernier article paru : « La possibilité d’une ville. Comprendre les spatialités homosexuelles en milieu urbain » in Espaces et Sociétés, n°139, 2009, pp. 159-174. Il a cosigné avec Emmanuel Jaurand un article sur la géographie du pacs : « Espaces de pacs. Géographie d’une innovation sociale » in Annales de Géographie, vol. 667, 2009, pp. 179-203.

Résumé
Abstract
Emmanuel Jaurand et Stéphane Leroy, "Le tourisme gay : aller ailleurs pour être soi-même ?", EspacesTemps.net, Textuel, 15.02.2010
http://espacestemps.net/document8000.html
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